Em partida clássica de Libertadores, o Palmeiras garantiu a classificação às semifinais contra o River Plate, nesta quarta-feira (24). Com muita polêmica, a especialista em arbitragem Renata Ruel avaliou o desempenho de Andres Matonte durante os 90 minutos.
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Segundo a comentarista da ESPN, o uruguaio não tem muito hábito de se impor durante as partidas. Ela descreveu ainda que ele não tem pulso firme nas decisões e avaliou a comissão de arbitragem como a principal culpada por escalar este árbitro para uma partida deste tamanho.
- Ele é um árbitro permissivo, não é um árbitro que se impõe. Não é um árbitro que tem pulso firme. No lance ali na lateral ele sequer viu, foi gritar para o assistente. Para mim, erra principalmente a comissão de arbitragem em escalar esse árbitro para o tamanho do jogo que é. Não agradou nenhuma das duas equipes - disse Renata.
O lance na lateral, ao qual ela se refere, é a cabeçada do lateral Acuña no rosto de Maurício, do Palmeiras. Durante a transmissão da GE TV, o jornalista Bruno Formiga julgou como inadmissível o VAR não interferir e chamar o árbitro para expulsar o argentino neste lance.
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Como foi Palmeiras x River Plate?
Texto por: Thiago Braga
O primeiro tempo foi intenso no Allianz Parque desde o apito inicial, com o Palmeiras exigindo grande defesa de Armani logo aos 2 minutos em chute forte de Piquerez, mas o River Plate abriu o placar aos 7 em bola parada bem executada.
Quintero cobrou falta da ponta esquerda, Khellven não conseguiu cortar na primeira trave, e Salas se antecipou a Flaco López para cabecear para a rede e colocar os argentinos em vantagem.
O Palmeiras respondeu rapidamente e quase empatou após Andreas Pereira cobrar escanteio na segunda trave, Murilo testar firme para baixo e obrigar Armani a fazer grande defesa para preservar o 1 a 0. A torcida mantinha o apoio incondicional, até para ajudar o Verdão a superar o nervosismo que tomava conta da equipe.
A partir daí, o Verdão passou a ter mais posse, mas encontrou dificuldades para infiltrar na defesa rival, enquanto os Millonarios perderam Portillo por lesão, ganharam experiência com a entrada de Enzo Pérez e apostaram em marcação forte e catimba para esfriar o jogo.
As reclamações palmeirenses com a arbitragem de Andres Matonte aumentaram na parte final da primeira etapa, e o clima ficou tenso nos acréscimos após lance capital em favor do River.
Castaño saiu cara a cara com Weverton, tentou o drible e foi desarmado pelo goleiro em intervenção precisa; na sequência, com o jogo parado, houve empurra-empurra entre Weverton e Galoppo, e ambos receberam cartão amarelo.
Na volta para o segundo tempo, o Palmeiras repetiu o roteiro do River Plate. Após jogada pela lateral, Vitor Roque cabeceou, Armani defendeu, mas o Tigrinho aproveitou o rebote e empatou o jogo aos 5 minutos.
O jogo ficou descontrolado. Marcelo Gallardo lançou o River Plate ao ataque, colocou Borja ao lado de Salas no comando do ataque partiu para o tudo ou nada, na tentativa de levar a partida para os pênaltis. Salas quase marcou na saída de Weverton, que também fez boa defesa em chute de Borja. Do outro lado, Vitor Roque e Piquerez viram Armani salvar o River. Mas o jogo era mais brigado, com confusões aqui e acolá, do que jogado.
Nos minutos finais, com as duas equipes apresentando bastante cansaço, os erros técnicos começaram a aparecer dos dois lados, com jogadores errando passes fáceis, o que deixava a partida ainda mais truncada.
Aos 41, Facundo Torres foi lançado nas costas da defesa do River e foi derrubado por Acuña. Pênalti, expulsão do argentino e gol da virada marcado por Flaco López. Era a senha para fazer o Allianz Parque explodir em festa. E Flaco queria mais. Aos 49, girou em cima da marcação e chutou de fora da área para selar a classificação do Verdão à semifinal.