A decisão de Renato Gaúcho de deixar o comando do Fluminense pegou a todos de surpresa no Maracanã. O treinador anunciou o pedido de demissão logo após o empate em 1 a 1 com o Lanús, resultado que eliminou o Tricolor da Copa Sul-Americana nas quartas de final. Em roda com o elenco e a diretoria, o técnico comunicou sua saída antes mesmo de falar à imprensa, conforme apurou o Lance!.

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Surpresa no vestiário

Jogadores e dirigentes não esperavam a atitude do treinador. Mesmo com as críticas recorrentes da torcida e questionamentos sobre suas escolhas, internamente não havia uma decisão de ruptura imediata. Renato, porém, deixou claro que não seguiria no cargo, oficializando a saída diante do grupo.

Cerca de 30 a 40 minutos depois, o Fluminense confirmou a informação em nota oficial, comunicando o desligamento do técnico e de sua comissão.

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Pressão e críticas recentes

Durante o jogo desta terça-feira (23), Renato foi alvo de gritos de "burro" e xingamentos vindos das arquibancadas. As últimas semanas foram marcadas por contestação sobre suas opções — desde a manutenção de Everaldo como titular nas Copas até o rodízio no elenco, com críticas de que o técnico priorizava as competições de mata-mata em detrimento do Brasileirão.

A pressão não vinha apenas das arquibancadas: parte da imprensa também questionava a estratégia adotada pelo treinador nos jogos decisivos.

Aspectos burocráticos

Apesar do choque inicial, dentro do clube o pedido público de demissão foi considerado positivo do ponto de vista burocrático. Isso porque, pelas regras atuais, o limite de troca de treinadores no Campeonato Brasileiro torna mais complexo um desligamento unilateral. A saída por iniciativa de Renato facilita os trâmites e evita maiores desgastes administrativos.

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Renato Gaúcho em Fluminense x Lanús (Foto: PIMENTEL / AFP)
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