O Vasco da Gama iniciou nesta segunda-feira (10) a troca completa do gramado de São Januário, em um processo conduzido pela empresa Greenleaf Gramados, responsável pela manutenção do campo. A medida surpreendeu parte da torcida, já que o clube se prepara para iniciar em breve uma grande reforma no estádio — prevista para começar no próximo ano e durar cerca de três anos.

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Segundo o clube, a substituição do gramado faz parte de um planejamento técnico que visa entregar um novo piso até o jogo contra o Internacional, marcado para o dia 28 de novembro, aproveitando o intervalo sem partidas até essa data. O novo gramado, em formato de rolo, será instalado de forma que possa ser retirado e reaproveitado futuramente, reduzindo o risco de desperdício financeiro. Além do aspecto técnico, a questão estética do campo, que vinha incomodando bastante a diretoria, também foi decisiva para a troca.

No futuro, o material poderá ser reutilizado no CT Moacyr Barbosa, centro de treinamento da equipe profissional localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Dessa forma, o investimento não se restringirá apenas aos dois últimos jogos do Vasco em São Januário pelo Campeonato Brasileiro, antes da interdição do estádio para as obras.

A troca e manutenção é feita pela Greenleaf, mas quem fornece toda a grama é a Itograss, empresa que atua em todo o território nacional e está presente em 90% dos estádios e centros de treinamento das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

- No caso de São Januário, a substituição garante ao Vasco um campo uniforme, visualmente equilibrado e com excelente desempenho de bola para as partidas decisivas do Campeonato Brasileiro e, possível, final da Copa do Brasil. Esse tipo de intervenção une tecnologia, experiência e planejamento para entregar performance imediata em campo - explica Rodrigo Santos, coordenador do Centro de Gramados Esportivos e Inovação da Itograss.

Reforma de São Januário e casa provisória

O Vasco está em fase final de acerto com o Botafogo para utilizar o Estádio Nilton Santos como casa provisória durante o período das obras. A modernização de São Januário promete transformar completamente o estádio, com nova arquitetura, áreas comerciais e melhorias na infraestrutura.

O projeto é viabilizado pela comercialização de cerca de 250 mil m² de potencial construtivo — o equivalente a aproximadamente 90% do total disponível. A empresa SOD Capital deve fechar até o final do ano a compra, em um acordo que pode render cerca de R$ 500 milhões ao clube.

Gramado de São Januário antes do novo gramado (Foto: Reprodução/Instagram)

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O que é o potencial construtivo?

O potencial construtivo corresponde ao direito de construir em um terreno, dentro dos limites definidos pelo plano diretor da cidade. No caso do Vasco, a lei complementar aprovada autoriza o clube a transferir esse direito para outras regiões do Rio, como áreas da Barra da Tijuca e da Zona Norte, com maior infraestrutura. Assim, investidores compram esse "direito de construir" e o valor arrecadado é revertido para a modernização do estádio.

Segundo a legislação, 100% dos recursos obtidos com a venda serão obrigatoriamente investidos em São Januário. O clube terá uma conta específica para gerenciar a verba, com fiscalização tanto da Prefeitura quanto dos seus próprios órgãos internos. A determinação impede o uso do dinheiro para pagamento de dívidas ou salários, garantindo exclusividade para o projeto de reforma do estádio e seu entorno.

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