Todos Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Bollettieri: ‘Nenhum treinador interfere na técnica dos jogadores. Dá dicas’

Escrito por

Nick Bollettieri é um nome de peso no tênis mundial. Professor da modalidade desde 1956, o descendente de italianos teve, como alguns de seus alunos, nomes como Boris Becker, Serena Williams, Jim Courier, Maria Sharapova e Andre Agassi. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, durante o Aberto do Rio, o americano falou sobre o verdadeiro papel dos treinadores no tênis.

- Os técnicos não mexem na técnica dos jogadores. Imagina: acha que Boris Becker altera a forma de jogar de Djoko? Nem pensar. Não alterei sua técnica quando o treinei e ele não está mexendo na técnica de Djokovic agora. O que os professores fazem é dar dicas. Um exemplo: Federer. Se Edberg (treinador do suíço) não tivesse falado para Roger que ele deveria subir à rede, pode ter certeza: não teria ganhado mais nenhum grand slam. É assim que o treinador trabalha.

Sobre o panorama dos tenistas atualmente, Bollettieri não escondeu sua admiração por Djokovic e deu conselhos para os atletas brasileiros melhor ranqueados atualmente, Feijão e Bellucci.

- Acredito que Novak é o jogador mais completo que já vi. Muita técnica, força, habilidade... Difícil aparecer alguém como ele. Em relação aos brasileiros, penso que a fase é boa, eles têm potencial para mais, mas precisam trabalhar melhor os momentos finais, decisivos. Só assim poderão crescer.

Perguntando sobre o porquê do tênis brasileiro não "cativar"  a população local, Bollettieri deu a receita: investimento.

- O tênis é movido a paixão. Para ter paixão, é preciso que as pessoas deem oportunidade às crianças. Além disso, é inegável que os ídolos também ajudam a alavancar o esporte. Veja Nishikori, por exemplo. Todos os pequenos japoneses estão treinando tênis agora por causa dele. Espírito coletivo também é fundamental. Lembro que Jim Courier falava na época: "Bollettieri nos colocava não como jogadores, mas como soldados, guerreiros, unidos. Formou um time e isso é importante, já que um puxa o outro, sempre."

Feliz com a organização do torneio, o americano elogiou o Aberto do Rio e garantiu voltar no ano que vem, propondo algo diferente.

- Quero retornar aqui no próximo torneio e ter uma reunião com os pais dos jovens aspirantes a tenistas. Penso que seria interessante.