O lateral-esquerdo Luciano Juba, do Bahia, viveu nesta segunda-feira (10) o primeiro dia como jogador da Seleção Brasileira. O atleta desembarcou em Londres pela manhã, treinou à tarde no CT do Arsenal e comentou a emoção pela primeira convocação para os amistosos contra Senegal e Tunísia.
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— É um dia muito especial para mim, minha primeira convocação, meu primeiro treino hoje. Vai ficar muito marcado na minha vida. Treinar ao lado de grandes jogadores é uma honra para mim. Agradeço a Deus por tudo que está fazendo na minha vida. Que eu possa aproveitar essa oportunidade da melhor maneira — afirmou em entrevista à CBF TV.
Aos 26 anos, o jogador relembrou o momento em que ouviu seu nome ser anunciado pelo técnico Carlo Ancelotti e disse ter se emocionado ao lado de familiares e amigos.
— Passou um filme na cabeça de quando comecei a sonhar em vir para a Seleção até o momento de ver meu nome na TV sendo chamado, do dia em que comecei a jogar bola, do dia que comecei a treinar no Serra Talhada, de quando passei pela base do Sport, de quando virei profissional. Ver meu nome ali significou que tudo que passei e conquistei valeu muito a pena desde o começo da minha carreira até aqui — disse.
— Eu me sinto privilegiado e orgulhoso do que venho fazendo. Ter o professor Ancelotti falando aquelas palavras sobre você, só palavras positivas, então creio que isso é a prova de todo meu trabalho, de todo o potencial que eu tenho. Agradeço muito por isso, pelas palavras do Mister e pela oportunidade que ele está me dando — completou o lateral.
Natural de Jaboatão dos Guararapes (PE), Juba iniciou a carreira tardiamente e conciliava o futebol com o trabalho ao lado do avô, que fazia carga e descarga de caminhões.
— Meu avô trabalhava com carga e descarga de caminhão. Sempre que algum vinha para o lado de onde a gente morava e quando ele precisava de alguém para trabalhar junto com ele, aí ele me chamava. Saíamos cedinho de casa e só voltávamos tarde da noite, às vezes não dava tempo de ir para a escola. Tenho certeza que isso valeu muita pena. Hoje, graças a Deus, já dei uma vida bem melhor para minha família e estou agora na Seleção — contou.
— É bastante coisa que a gente passa. E quando você chega aqui na Seleção, e não só quando eu cheguei aqui, mas quando consegui virar profissional também e ajudar a minha família, já foi ali um sonho realizado, já deu para ver que valeu a pena ter passado por tudo. Creio que hoje eu me sinto ainda mais honrado de ter vivido tudo isso e espero que eu possa continuar a crescer ainda mais — acrescentou.
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Juba começou no Serra Talhada, em 2017, e se transferiu para o Sport no fim do mesmo ano. Foi emprestado ao Confiança-SE em 2021 e permaneceu no clube pernambucano até agosto de 2023, quando chegou ao Bahia, pelo qual conquistou o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste de 2025. O lateral também falou sobre os próximos desafios da Seleção.
— São dois jogos em que espero que a gente saia vitorioso e possa fazer grandes partidas. Se eu tiver a oportunidade, claro, espero que eu possa dar o meu melhor para ajudar a Seleção Brasileira a sair com dois resultados positivos — afirmou.
— Eu via o pessoal pedindo o meu nome na Seleção, e isso prova que você está indo muito bem no seu clube. É uma coisa que sempre falei em entrevistas: se você está indo bem no seu clube, claro que você tem grande chance de estar no radar da Seleção. E é o que tá acontecendo, graças a Deus estou fazendo uma grande temporada junto com meus companheiros do Bahia e hoje posso estar aqui fazendo o meu primeiro treino com essa camisa, que é muito pesada — completou.
Juba contou ainda que buscou conselhos com Éverton Ribeiro, Jean Lucas e Rogério Ceni, que já passaram pela Seleção. Além disso, o lateral destacou a importância do Bahia para o bom momento que vive.
— Eu cheguei a perguntar. São jogadores que já passaram aqui. Então, acho que seria importante para mim perguntar para eles como era o ambiente. E eles só me falaram coisa boa. Só falaram: 'Vai lá, dá o teu melhor, aproveita, porque você tem potencial'. Agradeço muito a eles, porque eles também me ajudaram bastante no dia a dia, tanto o nosso time quanto o professor Rogério, para que eu pudesse chegar aqui — disse.
— O Bahia faz parte disso. Hoje estou podendo me sair muito bem jogando pelo Bahia, é um clube que vem crescendo ainda mais no futebol brasileiro, estamos fazendo uma grande temporada. Que eu possa continuar ajudando o time, que a gente possa continuar crescendo e que possa estar conquistando grandes coisas no restante da temporada — concluiu.
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