Um dos líderes da Seleção Brasileira, o volante Casemiro afirmou nesta quinta-feira (9) que o Brasil "está um pouco atrás" na preparação para a Copa do Mundo de 2026. Para o jogador do Manchester United, as constantes mudanças de técnico e de rumo de trabalho no atual ciclo para o Mundial deixam a equipe nacional em desvantagem em relação às principais seleções do planeta.
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— Eu diria que nós estamos um pouco atrás se for comparar o ciclo, até mesmo o treinador (Carlo Ancelotti) está há três meses. Trabalhou com nós, não sei, 20 ou 30 dias, então é inevitável, nós temos que ser sinceros que estamos um pouco atrás — avaliou Casemiro na véspera do amistoso com a Coreia do Sul, que acontece nesta sexta-feira (9), a partir das 8h (de Brasília).
O volante considera que o elenco do Brasil é de alto nível, mas disse que o principal desafio até o início da Copa do Mundo, em junho do ano que vem, será a adaptação de um grupo que não joga junto com frequência.
— Aqui se trata de Seleção Brasileira, qualidade de Seleção Brasileira, jogadores de alto nível, jogadores dos maiores clubes da Europa. Claro que a adaptação é sempre mais rápida quando você tem jogadores de alto nível, mas se tratando do último ciclo, nós estamos um pouco atrás — insistiu o jogador.
Casemiro lembrou que, até o Mundial, Carlo Ancelotti terá reunido o elenco por menos de dois meses, considerando todos os períodos de Data Fifa desde que assumiu.
— É sempre bom falar que até a Copa do Mundo, com o mister (Ancelotti), nós vamos ter 40, 50 dias (de preparação). É pouco. A adaptação tem que ser o quanto antes, mas junto com o mister a gente quer se adaptar o mais rápido possível. O desafio, sem dúvida, é a adaptação. Claro que já conhecemos jogadores, a gente já joga muito tempo junto, principalmente aqui dentro da Seleção… Estávamos relembrando um pouco com o Vini Jr., com o Militão, fazia tempo que não estava com eles, e o próprio Rodrygo também, que joguei no Real Madrid. Acho que o mais desafiante é voltar essa sintonia, voltar essa conexão — ponderou Casemiro.
— Volto a falar: até a Copa do Mundo, com o mister, vamos ter, não sei exatamente, mas 40, 50 dias. Esse para mim, sem dúvida, vai ser o maior desafio que nós tivemos, porque 40, 50 dias, se você colocar num clube, é apenas um começo.
Outros pontos da entrevista de Casemiro pela Seleção Brasileira
Jogos com Coreia do Sul e Japão
— É muito importante você diversificar essas dinâmicas de adversário. Com todo respeito às outras seleções, mas Coreia e Japão, hoje, sem dúvida, estão entre as principais seleções. Até mesmo por você ter jogado contra uma seleção da Ásia, você está jogando contra seleções de alto nível. E também para conhecer um pouco a escola, conhecer como eles estão, saber o nível, até mesmo para você ver como está a seleção adversária. Acho é importantíssimo você diversificar, porque em se tratando de Copa do Mundo, você vai ter inúmeras opções de adversários e não sabe contra quem pode jogar.
O que muda jogar com dois ou três volantes
— O que muda é o que o treinador nos pede, e até mesmo o adversário que você vai jogar contra. Se você jogar com Joelinton e Bruno Guimarães, você tem um meio-campo mais forte. Se você joga com Paquetá, você tem um meio-campo forte, mas ao mesmo tempo você tem qualidade (na ligação). Se você joga com Cunha e com quatro na frente, você tem mais qualidade, mais jogadores à frente. Acho que depende muito do que o adversário. Não muito de nós, mas sim o adversário. Para mim acho que não muda muito.
— Quando você joga com dois ou com três (volantes), eu teoricamente seria aquele jogador que vai dar o equilíbrio para a equipe, que não vai passar tanto da linha da bola, que vai dar mais o balanço dos contra-ataques, para parar o contra-ataque, para bloquear mais o jogo. Acho que eu seria esse jogador.