Carlo Ancelotti encerrou nessa terça-feira (18) os testes na Seleção Brasileira. Em setembro, o treinador dissera que ele e a comissão técnica tinham uma lista com aproximadamente 65 selecionáveis, dos quais 14 praticamente garantidos para a Copa do Mundo. No mês passado, revelou que faria os últimos testes nos amistosos de outubro e novembro. Logo, foi diante de Coreia do Sul, Japão, Senegal e Tunísia que o técnico italiano tentou se convencer dos outros 12 que irão integrar o grupo do Mundial do próximo ano. Não deve ter conseguido.

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Por ora, o que Ancelotti percebeu é que o melhor lateral da Seleção é um zagueiro. Foi com Éder Militão pela direita que o Brasil fez a melhor partida, na vitória por 2 a 0 sobre Senegal.

Entre todos os testados e, possivelmente, entre alguns que não foram chamados por Ancelotti, Militão não é o que melhor apoia ou o que melhor cruza. Mas certamente é o que oferece o melhor combo pela direita: marca bem e protege o lado da área. E, quando pode, vai ao ataque.

Oferecer segurança defensiva é essencial para Carlo Ancelotti. O técnico já disse inúmeras vezes que considera a defesa um dos principais componentes do futebol moderno. Por isso, pede comprometimento com a marcação a todos os jogadores, inclusive aos mais avançados.

Vanderson, Vitinho, Paulo Henrique e Wesley demonstraram esse comprometimento no lado direito, mas nenhum deles conseguiu dar o retorno oferecido por Militão. Poucos deles efetivamente comprometeram, mas provavelmente apenas o defensor do Real Madrid foi capaz de dar tranquilidade ao treinador.

Disse Ancelotti após o empate do Brasil por 1 a 1 com a Tunísia que os jogos desta Data Fifa trouxeram aprendizados importantes. Ele não detalhou quais, mas os gols não sofridos no sábado e as dificuldades apresentadas no primeiro tempo dessa terça foram bem representativos.

Éder Militão vai à Copa do Mundo porque é bom zagueiro e lateral (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
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