O São Paulo terá uma grande batalha na próxima quinta-feira, dia 25 de setembro, para ser enfrentada no Morumbis. A equipe foi derrotada pela LDU no jogo de ida pelas quartas de final da Libertadores, por 2 a 0, e agora terá que decidir diante a sua torcida o seu futuro na competição continental.
Existem alguns cenários. Para avançar, o São Paulo precisa vencer por três gols de diferença. Vitória por dois gols leva a decisão para os pênaltis. Menos que isso, é um adeus a competição. O Lance! analisou três pontos que o time precisa melhorar para resolver em casa.
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1- Um ataque que saiba dialogar melhor
Ferreirinha começou no banco de reservas contra a LDU. Por conta da altitude de pouco mais de 2,8 mil metros ao nível do mar, o jogador apresentou um quadro de dores de cabeça antes da partida. A dupla de ataque foi formada por Rigoni e Luciano.
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Sem um armador de origem, o São Paulo perde criatividade pelo centro quando atua com três volantes. A posse circula mais pelas laterais, os atacantes recebem de costas e surgem menos passes verticais que deixem companheiros em condição de finalizar. Para compensar, Luciano ou Rigoni recuam para organizar, mas, ao fazer isso, a equipe perde um homem na última linha, reduz a presença na área e diminui as corridas em direção ao gol.
Talvez, pensando em reverter o resultado, um caminho mais adequado seja um ataque formado por Ferreirinha e Luciano, caso Hernán Crespo queira seguir com uma formação parecida com a vista neste jogo de ida.
2- Erros individuais não podem acontecer
Ao analisar a partida como um todo contra a LDU, é perceptível que o problema do São Paulo não foi "jogar mal". Pelo contrário, até o primeiro gol, o Tricolor começou o confronto dominando e ameaçando. Tudo ficava no detalhe.
Tanto o gol de Bryan Ramírez quanto de Estrada partiram de falhas individuais que não podem acontecer. No primeiro, Cédric não acompanhou a movimentação da bola. No segundo gol, Ferraresi arriscou um passe curto à frente da área para Pablo Maia, que recebeu de costas e sob marcação, sem opção clara de apoio. A LDU antecipou, roubou no corredor central e, com a linha defensiva desorganizada, Estrada finalizou para marcar.
O lance expôs o risco de sair pelo meio sob pressão e a necessidade de oferecer linhas de passe seguras. Em um jogo de volta, o São Paulo não pode deixar a classificação escapar em um jogo que define a principal meta da equipe na temporada.
3- Controlar a mente
O plano de posse e circulação entre Marcos Antônio, Pablo Maia e Bobadilla apareceu antes do gol; depois da desvantagem no primeiro gol, o jogo virou sobretudo mental. Controlar a mente, reduzir a ansiedade e escolher o passe simples passam a ser prioridades para alongar a posse e recuperar a confiança.
Rigoni finalizou primeiro após passe de Marcos Antônio, mas, com o nervosismo, vieram precipitações e erros. A altitude pesa. E a Libertadores mais ainda.
A volta exige cabeça fria: transformar a pressão da arquibancada em foco, não em afobação. Morumbis lotado, “El Morumbi mata” quando a equipe sustenta concentração, paciência e coragem para decidir.