Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, o ex-jogador Müller não foge de polêmicas. Crítico ao momento turbulento do clube na temporada, ele voltou a questionar a forma como atletas do futebol atual lidam com críticas.

➡️Tudo sobre o Tricolor agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! São Paulo

Recentemente, Müller fez comentários sobre Luciano, uma das referências do time tricolor. Ao falar do camisa 10, o ex-atacante também criticou a torcida, por entender que o jogador é tratado como ídolo, além de reprovar a postura do atleta após a eliminação. Arboleda também foi alvo de críticas.

Nesta segunda-feira (29), em participação no podcast Denílson Show, Müller afirmou que as críticas devem ser encaradas como algo natural e lamentou que jogadores levam as observações para o lado pessoal.

— Se você faz um comentário polêmico é preciso ter fundamento. Minhas críticas são sempre técnicas e se o jogador leva para o pessoal, ele é burro — disse Müller. 

Chegada ao São Paulo e sucesso no clube

Müller explicou sobre a sua chegada ao time principal, quando saiu da quinta opção da base para titular da equipe. 

— Eu estava na arquibancada sentado, fui chamado para tapar buraco no profissional e acabei ficando nesse buraco. Sem saber, eu revolucionei o futebol amador, porque no ano seguinte, em 85, o presidente me disse: Como uma pessoa sai da reserva na base para titular do profissional e isso foi graças ao Cilinho, que manteve a minha permanência no clube — comenta o ex-atacante.

Bicampeão mundial com o São Paulo, Müller comentou no programa sobre as conquistas diante de Barcelona e Milan. Ele também ficou marcado por um gol contra a equipe italiana, que entrou para a história do clube.

— O nosso bi contra o Milan foi mais chato, porque a partida foi truncada e eles tiveram mais chances. Nós matamos nas três oportunidades que tivemos. Contra o Barcelona a partida foi parelha e sabíamos que quando empatássemos aquela partida, nós iríamos buscar a virada — destacou o craque.

Denílson, Chico Garcia e Müller (Foto: Divulgação)

Além de conquistar o Mundial com o São Paulo, Müller também conquistou a Copa do Mundo pela seleção Brasileira. Pela Amarelinha, foram 56 jogos e 12 gols, com o título da Copa do Mundo de 1994.

— Eu estava indo para minha terceira Copa e era a geração de 90, muitos sabiam que era a última chance. Então chegamos à conclusão que deveríamos fazer tudo aquilo que não tinha sido feito antes e deixar as coisas ruins de lado. Começamos a ganhar aquele título fora de campo, porque o ambiente e a atmosfera eram diferentes — ressaltou o tetra.

O ex-atacante Müller passou pelos quatro grandes clubes de São Paulo: São Paulo, Santos, Palmeiras e Corinthians. Apesar de ter atuado em todos eles, é no Tricolor que é mais lembrado como ídolo, graças às três passagens pelo clube do Morumbis, onde disputou 373 jogos e marcou 152 gols.

— O São Paulo foi o local que comecei, ganhei 15 títulos e minha fase plena. O Palmeiras era a diversão e abriu as portas quando o São Paulo fechou. O Corinthians eu fui para ajudar o Vanderlei fora de campo. Já no Santos, eu estava em plena forma física e lá eu fiz os gols mais bonitos da minha carreira — finalizou.

Siga o Lance! no Google News