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Técnico de boxe dos jogadores do Palmeiras já treinou Ganso e destaca melhora dos atletas em campo

Gustavo Gómez, Raphael Veiga e Murilo também migraram para o esporte após notarem evolução do meio-campista Zé Rafael no Verdão

Zé Rafael e Gustavo Gómez em treino com o professor Jacó (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
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Melhora na parte física e mental. Essas são as principais evoluções que Jackson de Pádua, o Jacó - treinador de boxe - nota em seus alunos. Alguns dos aprendizes do técnico são Zé Rafael, Gustavo Gómez, Murilo e Raphael Veiga, jogadores do Palmeiras que buscam melhorar a vida pessoal e o rendimento dentro das quatro linhas através do esporte. 


Mas não foi no Verdão que Jacó passou a trabalhar com jogadores de futebol. Na verdade, tudo começou do outro lado do muro da Academia de Futebol: no São Paulo, em 2015, com Paulo Henrique Ganso, que na época era o camisa 10 do Tricolor e hoje atua no Fluminense.

- A esposa dele (Ganso) começou a treinar comigo, daí ele sempre ficava acompanhando os treinos. Um dia ele participou e dali para frente não parou mais. Logo na sequência, começaram a notar a melhora dele dentro de campo - revelou em entrevista exclusiva à reportagem do LANCE!.

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Ganso 'espalhou a palavra' e outros atletas do São Paulo aderiram ao boxe, como os atacantes Alan Kardec, hoje no Atlético-MG, e Alexandre Pato, do Orlando City. 

Segundo Jacó, o meia logo sentiu que os treinos lhe fizeram bem e não só na parte física. O treinador explicou que, além do fortalecimento do corpo, a parte mental evolui e, consequentemente, o desempenho em campo também.

- Boxe é muito ação e reação, é o que eles fazem dentro de campo. A gente trabalha muito isso - explicou.

Giovanna Costi, Jacó e Ganso em 2015 (Foto: Arquivo Pessoal)

Cinco anos depois, um jogador do Palmeiras passou por um processo semelhante ao de Ganso. Zé Rafael não atravessava uma boa fase no clube em 2020 e foi sugerida uma aula de boxe, já que sua esposa praticava os treinos com Jacó.

- Ele (Zé Rafael) se identificou com o esporte e evoluiu muito rápido. Todo mundo viu a diferença que fez pra ele no seu trabalho, que é o futebol - contou o professor da luta.

Desde 2020, o camisa 8 do Alviverde virou peça fundamental no time de Abel Ferreira, tendo conquistado duas Libertadores e outros títulos importantes, sempre como titular absoluto. Nas decisões do Paulistão e da Recopa Sul-Americana deste ano, ele marcou gols importantes, inclusive.

Outros jogadores do Palmeiras perguntaram: "Zé, o que você está fazendo?" e procuraram Jacó para evoluir, justamente, o físico e o mental. Gustavo Gómez, Murilo, Gabriel Menino, Raphael Veiga, Piquerez e Luan hoje também treinam com Jacó.

De acordo com o treinador, os alunos palmeirenses tem melhoras constantes, tanto no boxe como em campo, e possuem aprovação do técnico Abel Ferreira para praticarem o esporte. Ele explicou que é essencial jogadores buscarem atividades além do futebol para terem uma "válvula de escape e aliviarem a pressão". Os atletas costumam treinar com Jacó durante a recuperação e nas folgas, não em dias de jogos ou 24 horas antes das partidas.

- Ao mesmo tempo que eles estão se preparando para a profissão deles, estão aprendendo algo novo, divertido. É uma melhora constante.

Leveza e alívio de pressão são perceptíveis no Verdão. A prova disso foi o empate do time conquistado na última quarta-feira (3), aos 47 minutos do segundo tempo, diante do Atlético-MG, pelas quartas de final da Libertadores, após o time passar por inúmeras adversidades durante a partida e colocar em prática sua força mental e resiliência. 

Não à toa o Palmeiras é conhecido pela 'cabeça fria e coração quente', mantra do treinador português Abel Ferreira.

Abel Ferreira e seu tradicional gesto de 'cabeça fria' (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)