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Thiago Braga
São Paulo (SP)
Dia 24/06/2025
04:10
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No dia em que completa 38 anos, Lionel Messi mais uma vez demonstra que o talento não diminuiu com o tempo. Em um duelo que valia a sobrevivência no Mundial de Clubes, Messi foi mais do que um jogador: o astro argentino ditou o ritmo no empate por 2 a 2 entre Inter Miami e Palmeiras.

O resultado, suficiente para garantir a equipe norte-americana nas oitavas de final, foi mais um capítulo da jornada improvável do time no torneio da Fifa. Numa chave que parecia intransponível — com Porto, Al Ahly e o time brasileiro — o Inter Miami contrariou prognósticos e avançou. No epicentro dessa virada de expectativa, está Messi. Com 37 gols e 21 assistências em 42 jogos na temporada, o argentino tem sido o motor, o cérebro e, por vezes, o coração da equipe de Miami.

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Diante do Palmeiras, Messi começou o jogo flutuando entre as linhas, organizando o jogo com toques sutis e visão de quem enxerga espaços onde os outros só veem obstáculos. No primeiro tempo, quase abriu o placar nos acréscimos, num chute que levou perigo. Antes, cometeu uma falta tática em Raphael Veiga e, de forma inusitada, recebeu um amarelo.

Messi recebe amarelo após falta em Raphael Veiga (Foto: Chandan Khanna/ AFP)

Mas talvez o momento mais simbólico da noite tenha acontecido fora das quatro linhas. No intervalo, no caminho para os vestiários, Messi trocou de camisa com Estêvão, o menino de 18 anos que já foi chamado de “Messinho” nas categorias de base. Uma imagem que resume gerações e encerra em um abraço tudo o que o futebol representa: legado, respeito e a eterna passagem de bastão.

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A vaga nas oitavas começou a ser desenhada dias antes, quando Messi decidiu contra o Porto com um golaço de falta no segundo tempo, uma de suas especialidades. No empate sem gols diante do Al Ahly, ele já havia mostrado que ainda é capaz de mudar o destino de um jogo com um toque, uma arrancada, uma finalização.

As estatísticas só reforçam o que os olhos já sabiam: contra o Al Ahly, 74% de acerto nos passes, dois passes decisivos, três dribles completos. Diante do Porto, 77% de precisão, seis duelos vencidos, um gol memorável. Contra o Palmeiras, Messi alcançou 90% de acerto nos passes e completou cinco dribles com a naturalidade de quem parece jogar com o relógio ao contrário.

Agora, o destino lhe reserva um reencontro carregado de simbolismo. No próximo domingo (29), no Mercedes Benz Stadium, em Atlanta, o Inter Miami enfrentará o Paris Saint-Germain, o último clube de Messi antes do retorno às Américas. Dois anos de uma relação turbulenta, com troféus conquistados, críticas duras e uma despedida amarga. A chance de um novo capítulo. Mais um, na longa história de Lionel Messi.

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