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Izabella Giannola
São Paulo (SP)
Dia 24/06/2025
00:02
Atualizado há 9 horas
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Em um jogo intenso,, maluco e com gols a rodo para todos os gostos, Al Ahly e Porto empataram em 4 a 4 pela terceira rodada do Mundial de Clubes e morreram abraçados. Independentemente do resultado final, os times seriam eliminados com o 2 a 2 entre Palmeiras e Inter Miami. No entanto, venderam cara a morte, com as torcidas, especialmente a do Porto, mantendo as esperanças com a marcha da contagem do outro duelo da chave.

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Até os últimos momentos, o Alviverde, que chegou a estar perdendo por 2 a 0 na metade do segundo tempo, pensava que seria salvo por um herói improvável: Abou Ali. Com o gol de Paulinho, não precisou mais depender do resultado dos egípcios, mesmo que tenha ficado de olho aberto o jogo inteiro.

Enquanto o Palmeiras temia uma derrota pelo Inter Miami, todo torcedor do Palmeiras se voltou para Al Ahly e Porto. Abou Ali foi, por boa parte do jogo, o herói improvável da classificação alviverde. O atacante, que já havia marcado (contra) para o Palmeiras, na derrota dos egípcios por 2 a 0, fez os três primeiros gols contra o Porto.

Porto e Al Ahly deixam a competição. Agora, o Inter Miami enfrenta o Botafogo nas oitavas, enquanto o Palmeiras encara o PSG.

E a influência no Palmeiras? Essa é a mistura entre Brasil e Egito

O jogo começou com um peso importante. Os jogos do grupo A aconteceram simultaneamente. Ao mesmo tempo que se apitou para o início de Palmeiras e Inter Miami, Al Ahly e Porto colocavam a bola para rolar.

Os palmeirenses acompanhavam com apreensão, preocupados com a possibilidade de eliminação precoce. Porto e Al Ahly, mesmo com chances mínimas, entraram em campo com a vida em jogo, sabiam que qualquer deslize seria fatal.

Logo no começo, era nítido. A torcida do Al Ahly tomou conta do MetLife. Em um estádio tomado pelo vermelho, já estavam de olho no jogo do lado: precisavam torcer para o Palmeiras e ainda marcar três gols em cima do Porto. Uma mão lava a outra.

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Os primeiros 15 minutos de jogo foram uma verdadeira montanha-russa de emoções para todos os lados. Aos 14, Abou Ali, do Al Ahly abriu o placar, complicando a vida do Porto.

Minutos depois, o Inter Miami saiu na frente contra o time brasileiro. Naquele instante, o cenário mudou: o time de Messi assumia a liderança do grupo, os palmeirenses respiravam com apreensão, e o Al Ahly percebia que a classificação seria mais difícil do que imaginava.

O Porto empatou na sequência, e isso aumentou a pressão sobre o Palmeiras. Os portugueses sabiam da missão complicada: segurar o Al Ahly, marcar mais dois gols e, ainda por cima, torcer pelo Inter Miami. Afinal, o time dos EUA jogava em casa. Era um olho no peixe, outro no gato… ou melhor, no Messi.

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Mas para tranquilizar, os jogadores do Palmeiras tiveram uma boa surpresa ao chegar ao vestiário no intervalo. Nos acréscimos do primeiro tempo, com o Al Ahly dominando amplamente, o time egípcio saiu na frente de novo, e ainda com o camisa 9, Abou Ali. Com isso, o Porto caía para a lanterna do grupo, alívio momentâneo para os palmeirenses.

William Gomes, que um dia foi rival do Palmeiras, tentou igualar para o Porto, mas Abou Ali apareceu de novo e fez por onde novamente - e mais uma vez, o herói improvável do Verdão, até então.

Samu tentou complicar o lado, buscando mais um para o Porto, mas o Palmeiras ainda torcia por aquele que, dias atrás, deixou a equipe viva no confronto. Enquanto o jogo seguia intenso no duelo azul e vermelho, o Inter Miami abria um 2 a 0. E agora, mais do que nunca, o time de Abel Ferreira torcia para um time egípcio.

Abou Ali, que pintou como herói do Palmeiras, deixou o gramado e passou o bastão para outro companheiro: Ben Romdhane, que marcou o quarto do Al Ahly. Mesmo assim, o Al Ahly viu o placar empatar quase ao apagar das luzes. Com alguns quilômetros de distância, o Verdão se salvou no final e foi feliz sem precisar de ajuda. Mas nervosismo não faltou.

Como foi o jogo?

Os primeiros minutos foram do Al Ahly. O time egípcio pressionava com intensidade, especialmente pelas laterais. Aos 12, o Porto tentou reagir com William Gomes, brasileiro revelado na base do São Paulo.

Dois minutos depois, o placar foi aberto: Abou Ali marcou após boa jogada de Fathy, que deu a assistência e abriu espaço para o companheiro finalizar. Mesmo atento ao que acontecia nas outras partidas do grupo, o Al Ahly seguiu firme. Aos 21, Abou Ali balançou as redes novamente, mas o segundo gol foi anulado por impedimento. Na sequência, o Porto respondeu rápido. Rodrigo Mora apareceu bem e deixou tudo igual.

Abou Ali comemorando gol pelo Al Ahly (Foto: Angela Weiss / AFP)

O Al Ahly manteve a pressão e, nos acréscimos do primeiro tempo, voltou a marcar com Abou Ali, desta vez em cobrança precisa. Com o gol, a equipe foi para o intervalo em vantagem sobre o Porto. No momento, a equipe egípcia era a terceira colocada, enquanto o Porto estava na lanterna.

Chama o Samu

Influência para atrapalhar o ex-rival? William Gomes marcou o segundo do Porto no segundo tempo e deixou tudo igual. Mas a resposta do Al Ahly foi imediata: Abou Ali apareceu de novo e recolocou os egípcios na frente. E não parou por aí , em menos de dois minutos, Samu marcou e colocou o Porto de volta no jogo.

O Al Ahly virou aos 18 minutos do segundo tempo, com Ben Romdhane, que marcou um golaço. A vitória parecia pertencer ao Al Ahly, mas quase nos últimos momentos, o Porto empatou com o brasileiro Pepê. Mesmo assim, o jogo do Palmeiras tinha acabado e de nada surtiu o efeito.

✅ FICHA TÉCNICA

PORTO 4 X 4 AL AHLY
3ª rodada - Copa do Mundo de Clubes da Fifa

📆 Data e horário: segunda-feira, 23 de junho de 2025, às 22h (de Brasília)
📍 Local: MetLife Stadium, em Nova Jersey
🥅 Gol: Abou Ali (Al Ahly), Rodrigo (Porto), Abou Ali (Al Ahly), William Gomes (Porto), Abou Ali (Al Ahly), Samu (Porto), Ben Romdhane (Al Ahly), Pepê (Porto)
🟨 Cartões amarelos: Hany, Dari, Ramadan (Al Ahly)
🟥 Cartão vermelho: 

ESCALAÇÕES

Porto (Técnico: Martin Anselmí)
Cláudio Ramos; João Mário (Martín Fernandes), Zé Pedro, Marcano, Francisco Moura; Varela (Samu), Eustáquio; Fábio Vieira(Gabri Veiga), Rodrigo Mora; William Gomes (Pepê), Danny Namaso (Gonçalos Borges)

Al-Ahly (Técnico: Jose Riviero)
El Shenawy; Hany, Dari, Ramadan, Kouka; Fathy (Dieng), Ben Romdhane; Zizo, El Shahat (Kamal); Trézéguet (Bencharki), Abou Ali (Gradisar)

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