Terminou neste domingo (5) o Mundial de Atletismo Paralímpico, em Nova Déli, na Índia. O Brasil encerrou sua participação com um saldo extremamente positivo no quadro de medalhas, totalizando 44 conquistas. Esta foi a segunda vez na história que a China perde a liderança no quadro de medalhas da competição.

O fim do campeonato foi marcado por diversos pódios brasileiros. Zileide Cassiano iniciou o dia com seu segundo ouro da carreira na prova do salto em distância T20 (deficiência intelectual).

➡️ Tudo sobre os esportes Olímpicos agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Olímpico

Medalhas do dia

Após a abertura das conquistas do dia com Zileide Cassiano, o segundo ouro veio da acreana Jerusa Geber nos 200m T11 (deficiência visual), com o tempo de 24s88, sua melhor marca na temporada. Junto com Jerusa na prova dos 200m, Thalita Simplício faturou o bronze com 25s97. A prata ficou com a chinesa Liu Yiming, que marcou 25s54.

Com a vitória, Jerusa atingiu uma marca histórica e se tornou a atleta brasileira, entre homens e mulheres, com a maior quantidade de medalhas na história dos Mundiais, somando 13 pódios na competição.

Além disso, o brilho potiguar dominou os pódios do Mundial, com Maria Clara Augusto subindo em seu terceiro pódio na competição, com prata nos 200m T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 24s77, sua melhor marca na temporada, que antes era de 24s97 nas eliminatórias.

O catarinense Edenilson Floriani conquistou o bronze no arremesso de peso F42/F63 (deficiência nos membros inferiores), com a marca de 14,96m. Essa marca estabeleceu um novo recorde das Américas, que antes era de 14,93m, também do brasileiro. É a segunda medalha de bronze de Edenilson em Nova Déli, que também ficou na terceira colocação no lançamento de dardo.

➡️Brasil brilha em mais um dia de Mundial de Atletismo Paralímpico
➡️Ouros inéditos impulsionam Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico
➡️Brasileira conquista marca histórica no Mundial de Atletismo Paralímpico

Jerusa Geber e Thalita Simplício comemorando medalhas nos 200m T11 (Foto: Cris Mattos/CPB)

Ouro de Clara Daniele

Clara Daniele, que anteriormente havia levado prata nos 200m T12 (deficiência visual), ficou com a medalha de ouro após protesto. Durante a prova, ela havia conquistado a prata, com o tempo de 24s42, sua melhor marca na temporada. A vencedora havia sido a venezuelana Alejandra Paola Lopez, que fez 24s20.

Porém, após a prova, o Brasil entrou com protesto, acusando que o guia da atleta da Venezuela puxou a competidora antes de cruzar a linha de chegada, o que não é permitido pela regra da competição.

A Venezuela entrou com apelação, mas não foi aceita pelo júri de arbitragem do Mundial. Com isso, a velocista brasileira herdou a medalha de ouro, tornando-se campeã mundial logo em sua estreia em Mundiais. A prata ficou com a indiana Simran e o bronze, com a chinesa Shen Yaqin.

Posição final do Brasil nos últimos Mundiais de atletismo:

Nova Déli – 1º lugar (15 ouros, 20 pratas e 9 bronzes)
Kobe 2024 – 2º lugar (19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes)
Paris 2023 – 2º lugar (14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes)
Dubai 2019 – 2º lugar (14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes)
Londres 2017 – 9º lugar (8 ouros, 7 pratas e 6 bronzes)
Doha 2015 – 7º lugar (8 ouros, 14 pratas e 13 bronzes)
Lyon 2013 – 3º lugar (16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes)
Christchurch 2011 – 3º lugar (12 ouros, 10 pratas e 8 bronzes)
Assen 2006 – 19º lugar (4 ouros, 11 pratas e 10 bronzes)

Siga o Lance! no Google News