No último fim de semana, a etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística em Szombathely, na Hungria, marcou o retorno das medalhistas olímpicas Flávia Saraiva e Júlia Soares ao cenário internacional da modalidade. A competição foi a última parada antes do principal evento da temporada e traz algumas pistas para o Mundial de Jacarta, que acontece entre os dias 19 e 25 de outubro.
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Atleta mais experiente da delegação, Flavinha tem focado em competir na trave, aparelho em que é especialista, neste ano pós-olímpico. Recuperada de uma cirurgia no ombro, realizada após os Jogos de Paris, a atleta foi campeã do aparelho no Brasileiro de Ginástica, disputado em setembro, em Recife.
Na Hungria, a brasileira competiu leve e esbanjando seu carisma característico. Melhor ginasta nas classificatórias, ela conseguiu avançar para a final com 14,250 pontos. Confiante, Flávia ousou e aumentou o nível de dificuldade de sua série na disputa por medalha e, apesar de uma nota menor em relação às classificatórias, os 13,800 pontos foram suficientes para garantir a medalha de ouro. Feliz com sua série, que teve saída cravada, a medalhista olímpica até arriscou uma dancinha após a passagem pela trave.
Júlia Soares também voltou ao cenário internacional com medalha. No solo, sua série ao som de "Cheia de Manias", do Raça Negra, foi executada sem grandes falhas e rendeu 12,550 pontos, o suficiente para garantir a medalha de prata e a dobradinha no pódio com a xará Júlia Coutinho, de 15 anos, que levou o bronze.
Apesar da presença no pódio, a passagem da medalhista olímpica pela Hungria não foi 100%. Júlia Soares também foi finalista da trave, assim como em Paris, mas não conseguiu executar uma boa série e sofreu muitos descontos na nota especialmente pela falta de fluidez na execução das sequências acrobáticas, terminando apenas com o sétimo lugar.
Ritmo do ano pós-olímpico é diferente
O questionamento feito por muitos torcedores e fãs de ginástica após os Jogos Olímpicos de Paris foi sobre o motivo da ausência de Rebeca Andrade e das demais medalhistas nas competições da temporada ou de uma estreia tardia, como no caso de Flávia Saraiva e Júlia Soares. Na verdade, é bastante comum que os atletas, especialmente os medalhistas, tirem uma pausa no ano pós-olímpico para se recuperar física e mentalmente de uma rotina intensa nos últimos anos de ciclo.
Na ginástica, as brasileiras não foram as únicas a fazer essa escolha. Assim como Rebeca Andrade, a estrela norte-americana Simone Biles também não competiu em 2025. Suas compatriotas Jordan Chiles, Suni Lee e Jade Carey, campeãs por equipes em Paris, não disputaram competições internacionais. As italianas Alice D'Amato e Manila Esposito, medalhistas de ouro e bronze na trave, respectivamente, disputaram apenas o Campeonato Europeu neste ano.
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Mundial batendo na porta
A disputa da Copa do Mundo na Hungria foi uma etapa importante para a comissão técnica brasileira fazer os ajustes finais para o Mundial de Jacarta, na Indonésia. Após o torneio, a delegação segue direto para Doha, para um período de aclimatação, quando serão definidos os nomes que seguem para a principal competição da temporada.
Além de Flávia Saraiva, Júlia Soares, Ana Luiza Lima e Júlia Coutinho, a atual campeã brasileira Sophia Weisberg se junta ao grupo para a aclimatação em Doha. Entre os homens, Patrick Corrêa e Tomas Florêncio completam a equipe formada por Caio Souza, Arthur Nory, Diogo Soares, Yuri Guimarães e Vitaliy Guimarães.
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