Olá, amigos, tudo bem? Eu estou … cof, cof, cof … bem. (brincadeira, estou ótimo). Vocês devem ter visto o que aconteceu comigo na quarta etapa do BRB Stock Car Pro Series, realizada no final de semana que passou no Autódromo do Velocitta, em minha estreia nessa pista. Se eu tivesse de resumir numa única palavra a rodada, essa seria “fumaça”. Mas antes de explicar o que aconteceu, quero falar da pista.
Gente, que lugar lindo é o Velocitta! Fica numa fazenda enorme, muitíssimo bem cuidada e administrada com muito respeito pela natureza e compromisso com a preservação. Já estive em muitas pistas no mundo inteiro, mas poucas me impressionaram tanto quanto o Velocitta. Quero registar meus cumprimentos e dar os parabéns para a Família Souza Ramos, proprietária do complexo.
A semana, como um todo, foi muito produtiva. Os testes ajudaram no desenvolvimento do carro, que se somaram aos esforços da A. Mattheus Motorsport no pequeno recesso entre as etapas 3, no Velopark, e esta primeira prova da categoria 2025 em Mogi Guaçu. Acho que a categoria poderia adotar esse formato mais vezes ao longo dos próximos meses. Como a gente já vai mesmo para o local da prova, bastaria chegar um pouco mais cedo.
Fomos avançando em performance e nos detalhes de acerto do carro e, honestamente, saí para o Qualifying bem esperançoso na manhã de sábado. Mas, como vocês viram, começou a entrar uma fumaça no cockpit antes mesmo de iniciar a primeira volta cronometrada. Até tentei levar o meu SNG-01 Chevrolet Tracker #06 para os boxes, sem sucesso. A fumaça ficou mais forte, fiquei sufocado e o carro ficou na área de escape – aliás, são excelentes no Velocitta.
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Não vou mentir para vocês. Por alguns segundos fiquei assustado porque a porta não abria. Não tive dúvidas, meti o pé na porta e consegui sair. Eu tossia feito louco e logo tirei o capacete para respirar melhor. Nisso, o Dino chegou com a equipe dele e já me colocou no oxigênio. Aliás, quando digo Dino, estou me referindo ao Dr. Dino Altmann, que é, sem exagero, um dos melhores médicos do mundo, autoridade internacional como médico no automobilismo e é diretor médico dos eventos Vicar e do GP São Paulo de Fórmula 1.
Feita essa importante ressalva, meu receio era que a intoxicação fosse algo mais grave, pois eu continuava tossindo. Aí o Dino, sempre ele, providenciou uma inalação e fiquei lá no ambulatório um tempão, parecendo criancinha no hospital quando está frio. Resultado: fiquei bom já no sábado e não senti mais nada desde então.
Carro na pista horas depois de pegar fogo
O pessoal da equipe A. Mattheis Motorsport foi sensacional. Foi emocionante ver todo mundo trabalhando no carro. Era o pessoal do meu time, da Ipiranga e da Vogel, todas sob o guarda-chuva do Andreas, botando a mão na massa. Imaginem colocar um carro que pegou fogo horas depois na pista para a corrida? Pois foi o que eles fizeram. É para aplaudir de pé!
Só que, sem tempo, larguei em 31º e último nas duas corridas. Na Sprint, no sábado, ainda consegui completar a corrida. No domingo, abandonei logo no início. Adivinhem por quê? Fumaça!!!! Cachorro mordido por cobra tem medo de salsicha (brincadeira hehehe). É importante que se diga que os problemas que tivemos foram pontuais, nada a ver com o fato de o carro ser novo ou com a equipe. Quebras acontecem, só isso. Agora, o negócio é trabalhar forte para recuperar o tempo perdido. A próxima etapa será em Curvelo, em Minas Gerais, e não vejo a hora de conhecer mais uma pista nova nessa minha jornada pelo BRB Stock Car PRO Series.
Antes de terminar, quero dizer que estou muito feliz por firmar uma parceria com a agência hublub, do dinâmico Beto Juliano, para desenvolver forte trabalho na área promocional e de patrocinadores. Já começamos no Velocitta, com novo visual no carro e em breve teremos muita coisa legal para anunciar.
É isso, até semana que vem e até sexta que vem!
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