O brasileiro Jafel Filho finalizou o americano Clayton Carpenter no primeiro round durante o UFC Rio no sábado (11). Menos de 24 horas após sua vitória, no dia das crianças, o lutador estará na igreja Assembleia de Deus para participar da Escola Bíblica Dominical e conduzir o culto noturno.
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— Antes de ser lutador do UFC, tenho essa missão de pregar o evangelho, espalhar a palavra de Cristo. As artes marciais foi o cenário em que Deus me colocou para pregar o evangelho, levar Deus a todo mundo — declarou Jafel após o combate.
O lutador, conhecido pelo apelido "The Pastor", demonstrou sua devoção religiosa ao segurar a bíblia durante o anúncio oficial de sua vitória no octógono. O brasileiro expressou ainda a satisfação por competir em um evento do UFC realizado no Brasil.
— Hoje, estamos no maior palco do mundo. É o sonho de todo atleta estar em uma edição do UFC no Brasil. Tenho uma carreira extensa, com mais de 25 lutas, desde o amador. Parte da carreira foi tão no 'fundo de quintal' que nem se acha a luta para contabilizar — brincou.
Pausa da carreira no UFC
Jafel revelou que pretende se afastar temporariamente das competições para dedicar-se à família, especialmente à esposa que enfrenta problemas de saúde. Ele recebeu a notícia de sua participação no UFC Rio em um momento difícil.
— Neste momento, quero tirar (tempo) para mim e para cuidar da minha esposa. Eu não falei isso, mas no dia que recebi a mensagem dizendo que estaria no UFC Rio estava na porta do centro cirúrgico, chorando com a expectativa da minha esposa voltar a caminhar — revelou o lutador.
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O lutador explicou a situação que enfrentou durante sua preparação para o combate. Para equilibrar a preparação física e a preocupação com a saúde da esposa, Jafel contou com apoio profissional e espiritual.
— Há dois meses, ela acordou com fortes dores na coluna e nos falaram que teria de fazer uma cirurgia às pressas porque ela estava perdendo a sensibilidade nas pernas. Eu fui para o camping pensando nisso também. Eu tenho uma psicóloga que me acompanha, tenho essa estrutura, os mestres… Nos dias de choro, colocava o joelho no chão para orar. Acho que, talvez, outras pessoas não conseguissem, mas transformei dor em energia — afirmou.