Se, em quadra, Yago Mateus impressiona pela habilidade e velocidade, entre outras virtudes, fora dela há muita responsabilidade por parte do camisa 2 da seleção brasileira. Uma delas é com o projeto social que o armador, de 25 anos, lançou em sua cidade natal, Tupã, em dezembro de 2021, e que atende a cerca de 180 crianças e adolescentes, dos 3 aos 18 anos. Em entrevista exclusiva ao Lance!, esse astro da seleção brasileira e do Estrela Vermelha, da Sérvia, fala da importância do Monstrinho, apelido que ele ganhou por seu desempenho como jogador e que batiza o projeto no interior paulista. Veja o vídeo acima.
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Yago, que fez história no Flamengo, onde enfileirou títulos, vê nos jovens de seu projeto social algumas características que o fazem lembrar de seus primeiros passos na modalidade:
- A simplicidade e o jeito criança de ser, sinto muita falta de tudo que vivi nesse tempo e até um pouco mais velho. Mas é isso: a simplicidade, o brilho nos olhos de fazer o que ama, a amizade que constrói, a humildade, o respeito e a evolução, sem dúvida nenhuma, são algumas coisas mais legais de acompanhar
- revela.
Na opnião do armador, a distância para seu projeto social é um desafio:
- Hoje, como moro fora, acabo sentindo um pouco mais.
Em junho, a Associação Esportiva Monstrinho representou Tupã na Copa Kenia, na Argentina.
Yago se orgulha por ser referência
Da mesma forma que o Monstrinho enche de orgulho a estrela da seleção, Yago garante que está amadurecendo por conta do projeto:
- É incrível ser uma referência, de certa forma tem me feito amadurecer um outro lado, de poder dar exemplo. De tudo que eu faço, me pergunto se vai ser relevante na minha vida e na das pessoas que estão me olhando. Sem dúvida nenhuma é uma felicidade ter meu irmão, meu primo, minha família lidando com tudo isso e podendo evoluir junto, não só na questão do basquete, mas de amadurecimento, de responsabilidade. É dar o melhor exemplo possível. Lógico que vou cometer algumas falhas, ainda sou um garoto, estou em fase de amadurecimento. Sem dúvida nenhuma tem me mudado bastante - garante.
O Monstrinho foi lançado onde Yago teve seu primeiro contato com a modalidade, aos cinco anos. O armador começou no esporte por influência do irmão, Adriano Mião, ex-jogador profissional e coordenador do projeto:
- Antes de começar, já acompanhava, vivia o basquete, porque lembro que ia para a escola/creche e, muitas vezes, pedia para a professora deixar sair para ver meu irmão treinar, no mesmo local.
Yago quebra padrões no basquete
Na conversa com o Lance!, Yago falou sobre o desafio de ser baixo para a modalidade:
- Isso nunca me afetou, mas os padrões e regras são feitos para seguir e, muitas vezes, para quebrar. Acho que Deus, sem dúvida nenhuma, me fez exatamente do jeito e do tamanho que sou e com o dom que tenho para jogar basquete. E, às vezes, tirar esse preconceito de lado. Realmente gosto de chegar num lugar, com o pessoal do time e as pessoas perguntarem: Por que você é tão baixo? Falo porque sou especial e está tudo certo.
Também na entrevista ao Lance!, o camisa 2 da seleção brasileira contou sobre o adversário que ele enfrenta há 14 anos:
- Sem dúvida nenhuma, ficar longe da minha família é a maior dificuldade que passo até hoje. Com o basquete consegui mudar a vida da minha família e a minha. Mas sempre tem a saudade dos meus pais, do meu irmão, do meu sobrinho, das pessoas que amo. Dinheiro não pode amenizar isso. Saí de casa muito cedo, com 11 anos e, desde então, vejo minha família uma vez por ano e é uma das coisas mais difíceis que enfrento.
Com tantos feitos já acumulados em 25 anos de vida, o armador paulista, sem dúvida, é um grande exemplo para os alunos e atletas do Monstrinho.
Abaixo, as principais conquistas de Yago, como jogador:
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