Após Novak Djokovic prestar apoio a estudantes que protestam contra o presidente Aleksandar Vucic e pedem novas eleições, o governo sérvio acusou o tenista de "traidor". Essa foi uma das motivações para a mudança radical de Djokovic, que deixou a capital de Belgrado e se mudou para Atenas, na Grécia.
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A pressão levou o antigo número um a iniciar treinamentos em um clube de tênis em Atenas e a matricular seus filhos em uma escola grega.
Além do impacto pessoal, a mudança também se ramificou para o lado profissional, já que Djokovic é proprietário do Torneio de Belgrado e confirmou que a competição será transferida para Atenas a partir de novembro. A decisão foi vista pelo tenista como uma forma de proteger sua família e de aliviar a tensão política com seu país natal após se envolver apoiando protestos estudantis.
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Motivo dos protestos
Os protestos se fortaleceram após o desabamento da cobertura de uma estação ferroviária em Novi Sad, segunda maior cidade da Sérvia, localizada no norte do país, em novembro de 2024, que deixou 15 mortos e colocou em xeque denúncias de corrupção e negligência nas obras públicas.
Desde o ocorrido, uma legião de jovens está ocupando ruas e universidades, exigindo a responsabilização dos culpados e eleições antecipadas. Movimento esse marcado por confrontos com a polícia e grande repressão.
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Djokovic retorna para os quatro melhores do mundo
Ao chegar na semifinal do US Open, onde foi derrotado justamente pelo campeão Carlos Alcaraz, o sérvio de 38 anos somou 700 pontos e saltou três posições, ocupando agora o 4º lugar com 4.830 pontos.
Desde 2002, essa foi a primeira temporada em que nem Djokovic, o espanhol Rafael Nadal ou o suíço Roger Federer chegam à decisão de um Major.