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Sharon Nigri Prais
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 14/08/2025
23:23
Atualizado há 10 minutos
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Para surfar em Nazaré é preciso mais do que coragem, sendo necessária uma longa preparação tanto dos atletas quanto da organização. Nesta quinta-feira (14), o Palco Lance! no Rio Innovation Week falou sobre os desafios da modalidade e de que forma a tecnologia está presente no meio.

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O painel recebeu Diogo Feliciano, sócio diretor do Gigante de Nazaré, Will Santana, surfista de ondas gigantes, para uma conversa mediada pelo editor do Lance! Márcio Iannacca.

— A preparação vai muito além do que só mostrar o dia do evento. É chegar antes e mostrar os bastidores, como está sendo a preparação. O esporte evoluiu de uma forma que hoje é esporte, entretenimento, criação de conteúdo, muito mais - iniciou Diogo.

— Temos um bilhão de visualizações no ano, algo que fora do futebol é muito difícil de se pensar. Sem as redes sociais nada disso seria possível, porque dependeríamos da televisão aberta, então criamos um canal próprio — prosseguiu.

Outro ponto levantado foi o impacto do Gigantes de Nazaré na cidade, que mudou por conta do evento e que atualmente os hotéis, restaurantes e comércio estão preparados para receber os turistas. A melhoria na estrutura do entorno fez com que Nazaré se transformasse em um ponto turístico.

Ao mesmo tempo, a estrutura que possuem hoje para produzir a competição e os conteúdos foi evoluindo ao longo dos anos, utilizando mais câmeras, drones e jetskis. Além do investimento nesse setor, fortaleceram as medidas de segurança, já que é um esporte que demanda mais cuidado.

Entre setembro e outubro, o Gigantes de Nazaré chega ao Rio de Janeiro. O posto 12 do Leblon receberá o evento que reunirá os melhores surfistas da modalidade.

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Will Santana desafiou Nazaré

A trajetória de Will Santana começou com o sonho de ser surfista. Natural de Sergipe, morava longe da costa e não frequentava a praia. Teve o primeiro contato com o surfe por meio de seu primo e ficou fissurado. Colecionou muitas revistas até conseguir sua primeira prancha, que trocou pela bicicleta de sua irmã sem que seus pais soubessem, e que foi quando perceberam que era realmente o que queria.

No Rio de Janeiro, mais velho, contou que encontrou conexões importantes por meio do esporte e que com elas conseguiu realizar seu sonho de ser surfista profissional, citando principalmente Lucas Chumbo, também surfista.

Considerado um dos melhores do mundo, Will desafiou a natureza ao surfar uma onda de cerca de 30 metros em Nazaré, durante a Tempestade Hermínia, em janeiro de 2025. Um mês depois, passou por um momento assustador ao levar um caldo de uma onde gigante junto com o seu piloto do jetski.

Ao falar da queda, valorizou o trabalho da equipe que o acompanha. Além do jetski, que o deixa na onda e resgata, há mais pessoas no mar e um que fica em um local capaz de observar sua localização e se comunicar com o mar via rádio.

Painel do Rio Innovation Week debate como a tecnologia ajudou a popularizar as ondas gigantes de Nazaré (Foto: Sharon Prais / Lance!)
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