Lançado em 1972, o clássico “Galopeira”, da dupla Chitãozinho e Xororó, deixou no imaginário popular brasileiro algumas características marcantes da cultura dos vizinhos de fronteira. Para além da música, Brasil e Paraguai compartilham momentos históricos, influências mútuas, além do intenso intercâmbio cultural e, é claro, comercial.
➡️Como era o mundo quando o Brasil recebeu os Jogos Pan-Americanos
Um dos maiores símbolos dessa relação é a Ponte da Amizade, inaugurada em 1965, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este e se tornou um dos maiores corredores econômicos e comerciais do mundo. A construção facilitou o trânsito de pessoas e mercadorias, tornando as cidades grandes atrativos turísticos.
O intercâmbio entre os países também resultou em influências culturais. É comum que nas regiões mais próximas às fronteiras as pessoas falem o português e o espanhol, com influência do guarani, idioma dos povos originários. A música paraguaia, com forte tradição na harpa e polca, também teve forte influência na música do interior do Brasil. O caminho inverso também é verdadeiro, com o sertanejo e pagode brasileiro fazendo grande sucesso no Paraguai.
Na culinária, o intercâmbio cultural também se faz presente. O Paraguai tem pratos típicos como chipa, semelhante ao brasileiro pão de queijo, e o mbejú, feito com fécula de mandioca, queijo e manteiga, bastante parecido com a tapioca consumida no Brasil. O tereré, bebida típica da região, também se tornou popular nos dois países.
Brasil bailou no Pan Júnior
Em agosto de 2025, a passagem do Time Brasil pelo Paraguai para os Jogos Pan-Americanos Júnior foi, como diriam Chitãozinho e Xororó, um verdadeiro “baile em Assunção”. Assim como na primeira edição do evento, o país terminou da liderança do quadro de medalhas, mas dessa vez bateu o próprio recorde em relação à edição de Cali 2021. Na capital paraguaia, foram 175 medalhas, com 70 ouros, 50 pratas e 55 bronzes.
Apesar de os principais rivais das Américas, Estados Unidos e Canadá, não enviarem suas delegações principais para o evento voltado para atletas até 23 anos, o Pan Júnior foi um bom teste para os novos talentos do esporte olimpico brasileiro neste início de ciclo. O desempenho brasileiro foi impulsionado especialmente pela natação que, com nomes como Guilherme Caribé e Stephanie Balduccini, contribuiu com 43 pódios, e o judô, que trouxe 15 medalhas em 15 provas.
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