A temporada 25/26 da NBA vai começar nesta terça-feira (21) e, nos bastidores, muitos holofotes estão voltados para o Brasil. Segundo a própria liga, o país conta com 55 milhões de fãs, dos quais 45% (cerca de 25 milhões) dizem acompanhar o campeonato americano de basquete a fundo. Dessa forma, o público brasileiro se consolida como um dos maiores e mais importantes do planeta.

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Dos cerca de 100 milhões de fãs da NBA na América Latina, 55% vem do Brasil e outros 33% do México, país próximo geograficamente aos Estados Unidos. Por isso, a popularidade da liga entre os brasileiros chama atenção de executivos.

A Amazon, através do serviço de streaming Prime Video, fechou um acordo global de 11 anos com a NBA para transmissão de partidas. O contrato inclui a exibição exclusiva das finais a cada dois anos, incluindo desta temporada - o restante das séries decisivas passará na ESPN. Mas em nenhum país a plataforma exibirá tantos jogos quanto no Brasil: 157 apenas da temporada regular.

- Esse é um desafio de todos os esportes no Brasil (competir com o futebol), o futebol de fato é o mais popular, não há como negar. Mas a gente sabe que o público da NBA é imensamente apaixonado e engajado. São milhões que acompanham a NBA no dia a dia, que assistem boa parte dos jogos, acompanham os jogadores. A gente enxerga esse potencial na NBA, é uma marca incrível, gera audiência, interesse comercial e novas assinaturas - afirmou ao Lance! Gustavo Coelho, líder de negócios esportivos do Prime Video na América Latina.

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E os brasileiros em quadra na NBA?

A NBA se consolida como liga global não só pelo público diverso, mas também pelos jogadores, que impulsionam o consumo ao redor do planeta. São 125 jogadores de fora dos Estados Unidos na liga, com 43 países representados. O Brasil, porém, conta com apenas um: Gui Santos, do Golden State Warriors. Apesar de torcer para o crescimento do número de brasileiros nas quadras americanas, Gustavo Coelho não enxerga isso como um problema para o mercado.

- Muitas modalidades são dependentes de atletas e personalidades brasileiros, mas a NBA é popular sem nunca ter tido um brasileiro MVP ou top-5, apesar de vários com carreiras incríveis. Fica abaixo do futebol, mas possivelmente a popularidade ganha de qualquer outro esporte. Esses astros, como Steph Curry, LeBron James, Luka Dončić e Giannis Antetokounmpo, têm muito apelo. Muita gente se envolve, torce. A NBA é uma exceção, não depende de um brasileiro arrebentando. As marcas das franquias da NBA carregam um peso comparável aos grandes times de futebol do mundo - opinou.

Brasileiro Gui Santos tenta arremesso em jogo de pré-temporada da NBA (Foto: Adam Pantozzi / AFP)

O continente estrangeiro de mais destaque na NBA é certamente a Europa, de onde saíram lendas como Dirk Nowitzki e Tony Parker e muitas das atuais caras da liga, exemplos de Nikola Jokić e Giannis Antetokounmpo, vencedores de cinco dos últimos seis prêmios de MVP.

No entanto, a Europa encara um desafio grande para a popularidade da liga americana: o fuso. Por mais que franceses queiram acompanhar o sucesso do jovem Victor Wembanyama e espanhóis anseiem por seguir o esloveno Luka Dončić, ex-Real Madrid, nem sempre os horários das partidas são amigáveis.

Apenas 1/3 dos fãs europeus da NBA assistem aos jogos ao vivo. Com isso, o Prime Video precisa estabelecer estratégias diferentes no Velho Continente, focando na exibição de melhores momentos e VTs nas manhãs seguintes aos duelos. Para isso, contarão com a ajuda de Inteligência Artificial para agilizar o processo na próxima temporada.

O Brasil, por outro lado, é beneficiado pelo fuso horário mais próximo. Por mais que jogos realizados na costa oeste dos Estados Unidos possam começar relativamente tarde, por volta de 00h, as partidas da costa leste se iniciam em horário nobre. Esse é mais um motivo para a NBA e suas detentoras de direitos de transmissão olharem com muito carinho para o público brasileiro.

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