A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quarta-feira (1) alterações no calendário de competições da temporada 2026, que muda datas de todos os campeonatos do país e acrescenta alguns novos torneios para os clubes brasileiros. Apesar de recente, a divulgação da CBF já indica que haverá impactos para além do aspecto esportivo, atingindo também o setor financeiro das equipes. Afinal, o acréscimo de copas ou a retiradas de datas também mexe nos valores investidos.

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Considerando as competições que já estão em vigência na temporada 2025, a Copa Do Brasil e a Copa do Nordeste são bons exemplos de como essas mudanças no calendário podem impactar no faturamento com premiações. Na copa nacional, por exemplo, o número de clubes e de fases vai subir, chegando a 126 clubes. A competição é a que mais paga no país e registrou ao longo dos últimos anos aumentos sequenciais nos valores de premiação. Neste ano, o valor pode ultrapassar os R$ 100 milhões ao campeão. Agora, mais do que nunca, a tendência é que isso se repita.

Para 2026, a expectativa é que o campeão do torneio de mata-mata fature um valor ainda maior, devido ao número de equipes envolvidas e os contratos de televisão e patrocinadores envolvidos no torneio. Ao contrário do Brasileirão - que até pode ter reajuste de prêmio - a Copa do Brasil sofreu alterações que vão além das datas jogas.

Na outra ponta, a Copa do Nordeste é uma competição que pode indicar uma perda no faturamento com premiações, já que não contará com clubes que estão no calendário Conmebol do próximo ano. Isso pode ser interpretado de duas formas: se por um lado o clube deixará de faturar com a copa regional, há também uma perda de receita daqueles que não passarem para as copas continentais.

Em termos práticos, o Bahia, que briga por uma vaga na próxima Libertadores, pode ficar de fora e perder as premiações envolvidas no Nordestão. Neste ano, o Esquadrão foi campeão e levou para casa R$ 7,02 milhões, o que pode não acontecer no ano que vem. Por outro lado, o Fortaleza, que jogou até às oitavas da Libertadores neste ano, faz um campeonato abaixo e briga contra o Z4. Pode terminar em uma posição que o permita jogar o regional, mas terá um decréscimo de receita considerável se não estiver no campeonato continental.

Ou seja, a mudança no calendário trará impactos muito mais individuais do que coletivos para os clubes no aspecto financeiro. Como ainda não há uma divulgação oficial dos valores, as especulações seguem e mais adiante será possível medir o impacto dessas trocas, incluindo competições como os estaduais, Série B, Série C e Série D.

Bahia foi o campeão da Copa do Nordeste de 2025 e pode não jogar o torneio em 2026. (Foto: Jhony Pinho/AGIF)

Novos campeonatos da CBF

Além das competições já criadas a CBF anunciou nesta quarta-feira novos campeonatos em seu calendários. São competições regionais que chegam para ocupar as datas dos torneios internacionais no calendário das equipes. Por isso os clubes classificados para os torneio Conmebol não irão mais participar dessa disputa.

Assim como nos outros campeonatos citados, a CBF não divulgou premiações para essas competições. Mas para os clubes que estão fora das copas continentais em 2026, será mais uma possibilidade de premiação ao longo da disputa da temporada.

Há uma mudança na Copa Verde, que passa a ser uma "Supercopa", jogada pelo campeão da Copa Centro-Oeste da Copa Norte, que funcionarão como conferências. No total, jogam 24 clubes. Outra novidade é a Copa Sul-Sudeste, com 12 clubes na disputa.

O cenário da perspectiva positiva ou negativa se mantém para esses torneio. A depender do time, a vaga nesses torneio regionais pode ser uma perda financeira ou uma possibilidade de faturar um valor maior ao longo de 2026.

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