O Sindicato dos Árbitros de futebol do Estado de Santa Catarina emitiu uma nota em defesa a Ramon Abatti Abel após as polêmicas envolvendo suas decisões no último clássico entre São Paulo e Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro.

O árbitro foi contestado e afastado temporiamente após decisões em Choque-Rei, como um pênalti não dado para o Tricolor e a não expulsão de Andreas Pereira após uma entrada dura em Marcos Antonio. O São Paulo questionou também a ausência da ida à cabine do VAR nestes lances.

O Sindicato pediu para que exista uma humanização em cima do árbitro, que foi vítima de ameaças de torcedores nas redes sociais, inclusive de morta. A organização emitiu uma nota sobre o assunto.

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(Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

Veja a nota divulgada pelo sindicato

Do ocorrido: A CBF já reconheceu institucionalmente que houve um erro técnico na não marcação de um pênalti e, por isso, o árbitro foi publicamente afastado.

No entanto, para parte da sociedade isso não bastou, e passaram a ser cometidos diversos crimes contra Ramon, entre eles:

Ameaças de morte contra ele e sua família;

Acusações de manipulação de resultados, já levantadas anteriormente e levadas até a Comissão do Esporte do Governo Federal, onde foi comprovado que nenhum árbitro da CBF teve envolvimento com manipulação, sendo apenas dirigentes e jogadores responsabilizados;

Difamações sobre sua competência técnica e preparo, quando, na realidade, o mesmo é reconhecido pela FIFA como um dos principais árbitros internacionais, tendo apitado a final das Olimpíadas de 2024 e sido pré-selecionada para a final do Mundial de Clubes da FIFA 2025;

Propagação de fake news por veículos de imprensa, de que o árbitro teria dito a um jogador que ele “reclama até de ter nascido”, fato absolutamente inverídico;

Propagação de fake news em páginas da internet, afirmando que ele teria se negado a utilizar a ARA (Área de Revisão de Árbitro) para checar um possível pênalti — algo que nunca aconteceu, conforme demonstram áudios divulgados;

A insinuação irresponsável de um jornalista, que afirmou falsamente ter visto Ramon “passando e assobiando em tom de deboche” durante entrevista a um dirigente. Tal afirmação é desprovida de qualquer fundamento, não ocorreu em momento algum, e apenas contribuiu para ampliar os ataques, difamações e ameaças contra o árbitro.

Providências: Informamos que todas as medidas cabíveis, tanto na esfera desportiva, cível quanto criminal, já estão sendo tomadas por seus advogados que presta suporte integral ao árbitro.

Reflexão:

Ficam as indagações que toda sociedade deve fazer:

Para onde estamos caminhando enquanto coletivo?

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