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Sem refresco! Crise em clube de Pernambuco é engolida a seco

Lanterna no Hexagonal Final, Central sofre com saída de elenco por conta de atrasos salariais. Zagueiro escancara situação precária, e elenco vive dias de incerteza

Sanny Rodrigues soltou o verbo com crise no clube
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A sensação de que o Central não tem refresco no Campeonato Pernambucano, e lida com uma crise que vai muito além das quatro linhas, ficou explícita na noite de quarta-feira. Após a derrota por 5 a 0 para o Náutico, pelo Hexagonal Final (a oitava em nove partidas), o zagueiro Sanny Rodrigues afirmou que não houve alimentação, atletas passaram mal e faltou até água:

- Tem muitas coisas erradas aí, é difícil falar. Nós almoçamos era meio-dia, e depois não teve mais nada. Nem lanche, nem nada. É complicado demais - declarou, à TV Asa Branca.

O episódio somou-se a outros problemas que assolam o clube de Caruaru. Além da falta de condições do gramado do Lacerdão, cerca de dez jogadores decidiram não enfrentar o Salgueiro devido a atrasos salariais e, mais tarde, deixaram o clube. Ao L!, o lateral-esquerdo Altemar contou como está sua situação:

- Estou sem receber há dois meses, como a maioria do grupo. O presidente falou que vai providenciar tudo depois que acabar nossa participação no Hexagonal Final, no domingo.

O mandatário Lícius Cavalcanti admitiu atrasos salariais, mas rechaçou que haja negligência quanto à alimentação. Ao L!, o presidente da Patativa garantiu que a tendência é manter Sanny Rodrigues, apesar da declaração polêmica:

- O Sanny é jovem, um atleta da base, ele estava de cabeça de quente. Mas esta situação não é verdade, não posso concordar. Nós servimos almoço todos os dias às 13h, e servimos lanche normalmente - disse.

A esposa de um dos jogadores, que pediu para não ser identificada, confirmou o relato de Sanny:

- Essa situação que esse menino (Sanny Rodrigues) falou é a mais pura verdade. Muita gente está insatisfeita, mas não diz.

Na noite de quinta-feira, ocorreu uma reunião entre diretoria e elenco. As partes vão se pronunciar hoje.

COM A PALAVRA
'Servimos alimentação'

Lícius Cavalcanti
Presidente do Central-PE

O Central passa por dificuldades financeiras. Mas a falta de alimentação não existe. Servimos água, isotônico, banana, maçã e outras frutas para os jogadores. Infelizmente, passou essa declaração infeliz em momento de pressão. Reconhecemos dificuldades, que fizeram alguns jogadores se negarem a jogar por salários atrasados.

BATE-BOLA
'Atraso salarial vem acontecendo'

Altemar

Lateral-esquerdo do Central

1 - Como a situação financeira do Central vem refletindo em vocês? Existe atraso de salário e a alimentação oferecida ao elenco tem sido a ideal?

- O momento é difícil. O atraso salarial vem acontecendo, mas esta questão de alimentação eu nunca vi. Eu não estive neste jogo, porque estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Mas a alimentação acontece em abundância, especialmente porque o clube tem parceria com restaurantes próximos.

2 - E sobre a situação da greve de parte do elenco para o duelo com o Salgueiro. Como ocorreu isto?

- Realmente, a greve aconteceu. Ficamos três dias sem treinar mas a gente se reuniu com a diretoria. Enquanto uns optaram por não ir, outros foram. Os mais experientes é que se juntaram e não foram para o jogo com o Salgueiro.

3 - Esta greve fez com que a maior parte do elenco do Central deixasse o clube para a reta final do Hexagonal Final do Pernambucano?

- Do grupo que começou o Campeonato Pernambucano, só temos eu e mais quatro jogadores. O restante é menino da base, para a gente cumprir tabela do Hexagonal.