O ministro Gilmar Mendes, do STF, rejeitou nesta quarta-feira (7) dois pedidos para afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. As solicitações foram apresentadas pela deputada federal Daniela do Waguinho (União-RJ) e por Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney.
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A decisão mantém válido o acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal em fevereiro deste ano, que reconheceu a legitimidade da eleição realizada em 2022 para a presidência da entidade máxima do futebol brasileiro. Mendes baseou sua negativa em questões processuais, apontando a impossibilidade de anular sua decisão anterior.
O acordo contestado foi firmado entre a Confederação Brasileira de Futebol, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol, servindo para legitimar o processo eleitoral que definiu a atual gestão. Em fevereiro, o ministro havia determinado que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro cumprisse integralmente a homologação, incluindo a extinção de ações judiciais relacionadas ao caso.
Assinatura de Coronel Nunes
Waguinho e Sarney questionaram separadamente o acordo que validou a eleição de Rodrigues. A deputada alegou ao Tribunal a existência de "fortes indícios" de que a assinatura de Antonio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, não teria sido feita de forma consciente.
Apesar de rejeitar o afastamento, Mendes encaminhou as informações apresentadas pela deputada ao TJ-RJ. O ministro determinou que o Tribunal fluminense realize uma apuração "imediata e urgente" sobre os possíveis "vícios de consentimento" mencionados no pedido da parlamentar.
A decisão foi tomada em Brasília, onde tramitam os processos relacionados à governança da CBF. O caso agora seguirá para investigação no Tribunal de Justiça do Rio, conforme determinação do ministro do STF.