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Real e City se reencontram após semifinal histórica na última Champions: relembre os duelos

Em dois jogos acirrados, merengues levaram a melhor na prorrogação com gol de Benzema

Espanhóis celebram gol de Benzema (Foto: JAVIER SORIANO / AFP)
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Real Madrid e Manchester City se enfrentam nesta terça-feira, às 16h, pela ida das semifinais da Champions League. O duelo pode dar sequência ao sonho do bicampeonato espanhol, já que conquistaram a competição na última temporada, ou da Tríplice Coroa inglesa, já que os comandados de Guardiola podem levar também a Copa da Inglaterra e a Premier League.

Este embate marcará a terceira vez em sete anos que os dois times se encontram na penúltima fase do continental. Em 2022-23, Real e City protagonizaram dois jogos que entraram para a história, com reviravoltas e muita emoção. Relembre como foi a classificação dos merengues na prorrogação, em um Santiago Bernabéu lotado e em festa.

IDA ELETRIZANTE
O primeiro jogo, no Etihad Stadium, já dava indícios do que seria a fase semifinal da Champions. O City foi a campo com: Ederson; Stones (Fernandinho), Rúben Dias, Laporte e Zinchenko; Rodri, Bernardo Silva e De Bruyne; Mahrez, Gabriel Jesus (Sterling) e Foden. O Real teve como jogadores: Courtois; Carvajal, Éder Militão, Alaba (Nacho) e Mendy; Kroos, Valverde e Modric (Dani Ceballos); Rodrygo (Camavinga), Benzema e Vinícius Jr (Asensio).

Logo no primeiro minuto, a rede já seria balançada. Em jogada individual, Mahrez levantou de perna esquerda na área e De Bruyne, como um centroavante, testou de peixinho para abrir o placar. Aos 10, o belga apareceria para cruzar por baixo na área. Alaba e Gabriel Jesus dividiram e o brasileiro pegou a sobra livre, de frente para Courtois, sem perdão, ampliando a vantagem. Foden e Mahrez ainda perderiam grandes chances em velocidade e poderiam ter tornado o jogo em goleada antes dos 30 minutos. O Real acordaria aos 32. Após troca de passes na intermediária, Mendy cruzou à meia altura para Benzema, que emendou um sem-pulo de perna esquerda e diminuiu a vantagem.

Gabriel Jesus celebra segundo gol do City (Foto: PAUL ELLIS / AFP)

BRASILEIROS EM EVIDÊNCIA
Aos sete do segundo tempo, Fernandinho fez jogada pelo lado direito, tabelando com Mahrez, e levantou com açúcar para Phil Foden aparecer e cabecear firme, para baixo, tirando de Courtois. Dois minutos depois, Vinícius Jr daria o troco em Fernandinho. Com uma linda e característica finta de corpo, o camisa 20 merengue clareou todo o campo e disparou em velocidade. Ederson não saiu do gol, a marcação não travou e o brasileiro invadiu a pequena área para diminuir o placar novamente.

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O City não se abalaria e marcaria novo golaço. Zinchenko apareceu pela intermediária e ameaçou uma finalização, sofrendo falta de Kroos. O árbitro István Kovács deu a vantagem, os jogadores do Real pararam e Bernardo Silva, inteligente, pegou a sobra, levou para a perna esquerda e acertou um chute no ângulo de Courtois, que só observou. Aos 34, Laporte subiu com Benzema e acabou tocando com a mão na bola. Pênalti que Benzema cobrou com cavadinha, deslocando Ederson e se tornando na ocasião o artilheiro da Champions, dando números finais ao duelo.

Benzema comemora golaço de cavadinha (Foto: PAUL ELLIS / AFP)

O primeiro jogo havia celebrado uma quebra de alguns recordes. De Bruyne, com um minuto e 33 segundos, marcou o gol mais rápido da história da fase semifinal. Além disso, os sete gols igualaram o 5 a 2 do Liverpool sobre a Roma em 2018 como o jogo de semifinal com mais gols na era moderna da competição. Após o duelo, Guardiola exaltou a atuação dos brasileiros.

SEGUNDO JOGO TRUNCADO
Os merengues, precisando da remontada, entraram em campo com: Courtois; Carvajal, Militão (Vallejo), Nacho e Mendy; Casemiro (Asensio), Kroos (Rodrygo) e Modric (Camavinga); Valverde, Benzema (Ceballos) e Vinícius Jr (Vázquez). Já o City mandou ao gramado: Ederson; Walker (Zinchenko), Rúben Dias, Laporte e João Cancelo; Rodri (Sterling), Bernardo Silva e De Bruyne (Gundogan); Mahrez (Fernandinho), Gabriel Jesus (Grealish) e Foden. O técnico do Real, Carlo Ancelotti, imaginava um jogo difícil contra os Citizens.

A primeira etapa da volta foi movimentada, mas muito mais nervosa do que a ida. Poucas oportunidades foram cedidas ao adversário. O Real teve boa chance com Benzema de cabeça, mas o centroavante francês acabou testando por cima do gol de Ederson. O City responderia com Bernardo Silva após grande enfiada de De Bruyne, mas Courtois operou milagre e evitou o primeiro dos ingleses no Bernabéu.

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UM RAYO CAI NA ESPANHA
Logo na saída de bola, uma jogada ensaiada dos comandados de Ancelotti resultou em campo aberto para Carvajal, que cruzou para Vinícius Jr. O brasileiro tinha liberdade total e parte do gol aberto, mas bateu sem equilíbrio e pegou de canela, perdendo grande oportunidade. O dia ainda seria de outro brasileiro. Antes, o City encaminharia a classificação. Bernardo Silva conduziu em velocidade e tocou para Mahrez, que de perna esquerda, finalizou com violência, sem chances para Courtois. Aos 27 minutos, 5 a 3 no agregado para o City e tudo indicava um clássico nacional com o Liverpool na grande final.

Foden e Grealish perderam chances de fechar o caixão merengue nos minutos finais. E o gigante que estava morto se levantou na velocidade de um raio. Ou melhor, um Rayo. Aos 44, Camavinga cruzou na segunda trave, Benzema saltou e colocou para o meio com a chapa do pé esquerdo. Rodrygo antecipou Ederson, que saiu mal do gol, e completou de perna direita para deixar tudo em aberto. Faltava um gol para a prorrogação. E ele viria novamente com Rodrygo. Carvajal fez jogada pela direita e cruzou na área. A bola raspou em Asensio e o raspão levou a bola perfeitamente para a cabeçada de Rodrygo, sem mudar o movimento, surpreendendo Ederson novamente e igualando tudo na Espanha.

Rodrygo celebra gol salvador nos acréscimos (Foto: GABRIEL BOUYS / AFP)

Na prorrogação, um Bernabéu de pé empurraria Benzema a antecipar Laporte aos dois minutos do primeiro tempo dentro da área. O zagueiro espanhol só achou o pé do francês e cometeu pênalti. A responsabilidade seria do próprio centroavante, que cobrou com perfeição no canto esquerdo do goleiro do City, que errou o canto. O City viria a pressionar e Fernandinho teve a bola do jogo nos seus pés após defesa de Courtois. O gol estava aberto, mas o experiente volante, que hoje está no Athletico-PR, errou o tempo da bola e desperdiçou. O Real gastou o tempo, se segurou e conquistou uma classificação heroica. Na final, encararia o Liverpool, e ergueria o troféu com gol solitário de Vinícius Jr.

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O gol de Benzema marcou a única semifinal a ser decidida na prorrogação na era moderna. Após o jogo, Guardiola atribuiu a derrota da equipe à estratégia de Ancelotti, que empilhou atacantes na parte final do encontro.

Cerca de um ano após o grande duelo, Real e City se reencontram na semifinal da Champions. Ancelotti e Guardiola tem novas peças e novos problemas em seus elencos. O italiano tem Rüdiger e Tchouameni, mas perdeu Casemiro e enfrenta uma pressão muito grande pela continuidade do trabalho. Já o espanhol não conta mais com muitas peças. Jesus, Sterling e Zinchenko já não estão mais no elenco, mas a chegada de Haaland elevou o nível dos ingleses. O confronto será nesta terça-feira, iniciando no Bernabéu, às 16h; na quarta (17), os dois times jogam no Etihad no mesmo horário pela decisão da semifinal.