Giselly Correa Barata
São Paulo (SP)
Dia 15/08/2025
18:33
Atualizado há 2 minutos
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O Flamengo foi alvo de críticas da jornalista Renata Mendonça, da TV Globo e do projeto "Dibradoras", por optar por viajar de ônibus, e não de avião, do Rio de Janeiro a São Paulo para a decisão do Brasileirão Feminino. O trajeto de mais de 400 km é custeado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O Rubro-Negro enfrenta o Palmeiras no domingo (17), às 10h30 (de Brasília), na Arena Barueri, pelo jogo de volta das quartas de final. Na primeira partida, disputada em Volta Redonda, o Flamengo venceu por 3 a 2 e tem a vantagem para o duelo decisivo.

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Em vídeo publicado na tarde desta sexta-feira (15), Renata comentou sobre o fato de o clube mandar a partida de ida fora da capital e utilizar transporte rodoviário para a decisão, levantando questionamentos sobre a valorização do futebol feminino.

— Como o Flamengo trata seu time de futebol feminino? O Flamengo está indo jogar as quartas de final do Brasileirão Feminino, jogo de volta lá em Barueri contra o Palmeiras. O jogo é no domingo de manhã. O time viaja hoje, sexta-feira à noite, de ônibus. Isso mesmo que você ouviu: são mais de 450 km, mais ou menos 7 horas de viagem e tudo isso de ônibus. Porque a CBF banca a viagem apenas dessa forma, numa distância assim. E o Flamengo, que é o clube mais rico do continente, ou um dos, não vai gastar dinheiro com time feminino para viajar, não é mesmo? Então, bora lá encarar o busão da madrugada, a noite mal dormida… Mas vai lá, time, vai lá, consegue a classificação para a gente ter mais um jogo de mata-mata para mandar em Volta Redonda, sem torcida. Esse é o pensamento de quem comanda o futebol feminino do Flamengo.

E fica pior, porque o gerente de futebol feminino do Flamengo, André Rocha, disse que o futebol feminino não tem demanda para o jogo ser num estádio para mais de 10 mil pessoas, que é a regra dessa fase da competição. Não tem demanda… O dirigente do clube de maior torcida do Brasil acha que a torcida do Flamengo não seria capaz de colocar 10 mil pessoas para ver um time feminino jogando mata-mata com a Cristiane em campo. Vamos combinar: se tivesse campeonato de altinha na praia, a torcida do Flamengo compareceria em peso; se fosse de bolinha de gude também. Bastaria o mínimo de esforço do clube para divulgar, da mesma forma que está fazendo com o time sub-20 masculino, que vai jogar agora no Maracanã e está tendo ampla divulgação, 10 dias de antecedência, venda de ingresso com promoção e etc.

Mas aí o clube coloca o jogo feminino em Volta Redonda, com venda só na hora e presencialmente, e culpa a torcida que não engaja com o futebol feminino, ou o próprio futebol feminino, que “não tem demanda” para grande público. Tudo isso fica fácil de entender quando a gente vê que esse mesmo gerente do Flamengo acha que a Copa do Mundo de 2027 não é algo positivo para os clubes. Meninos, essa é a visão do cara que comanda o futebol feminino de um dos maiores clubes do continente. É muita, mas muita vontade de fazer a parada dar errado. Parabéns aos envolvidos. — disparou a jornalista.

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