A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na tarde desta segunda-feira (24), o novo calendário do futebol feminino brasileiro para os próximos anos, de 2026 a 2029. O objetivo é ampliar o número de jogos, fortalecer as competições e padronizar modelos entre as divisões.

— Faço questão de deixar claro que a casa do futebol brasileiro também é das mulheres. Este evento marca um novo momento, assim como fizemos no futebol masculino, passamos os últimos meses analisando e estudando oportunidades de melhorar o calendário — iniciou Samir Xaud, presidente da CBF.

— As mudanças apresentadas vão muito além do calendário, estamos aumentando as cotas e as premiações dos clubes de todas as competições, desde o sub-17 até a Supercopa. Queremos dar mais visibilidade às mulheres, por isso vamos garantir transmissão de 100% das partidas — disse ele.

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O novo calendário do futebol feminino

A Supercopa abre a temporada em 8 de fevereiro e terá definição de mando discutida com os clubes, com possibilidade de sorteio igualitário e proposta formal de realização em jogos de ida e volta. Pela primeira vez, os 18 clubes da Série A1 foram consultados sobre a data de início do calendário, que será baseado em domingo ou sábado.

O Brasileiro A1 segue com o formato atual, agora com 18 clubes, aumento do total de partidas para 167 e ampliação do número de datas. As rodadas seguirão preferencialmente aos domingos e quartas com eventuais desdobramentos. A competição mantém duas vagas diretas para a Libertadores e uma vaga para a Copa do Brasil.

Na Série A2, a mudança estrutural é maior. A competição passa a ter grupo único com turno único, espelhando o formato do A1. O número de partidas praticamente dobra e o campeonato terá 21 datas, com jogos aos sábados e quartas. A divisão concede quatro acessos ao A1 e passa a oferecer vaga direta para a Copa do Brasil. A Série A3 também muda, adotando turno e returno na primeira fase, aumentando partidas e datas disponíveis, mantendo quatro acessos à A2.

A Copa do Brasil Feminina foi reformulada e passa a contar com quartas, semifinais e final em dois jogos. A competição terá 66 clubes e seguirá escalonamento de acessos conforme divisão: A3 na primeira fase, A2 na segunda e A1 na terceira. Os confrontos e mandos seguirão definidos por sorteio.

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Aline Pellegrino, coordenadora de Competições Femininas da Confederação Brasileira de Futebol. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

As categorias de base também terão novidades, com finais em ida e volta nos campeonatos Sub-20, Sub-17, Sub-16 e Sub-14. A Liga Sub-16 e a Liga Sub-14 serão disputadas entre 23 e 29 de setembro e seguem oferecendo vaga para a La Fiesta Conmebol. Todas as equipes receberão ofícios oficiais para confirmar participação.

As premiações também foram reajustadas. A Supercopa terá aumento significativo nos valores para campeão e vice. O Brasileiro A1 passa a pagar 720 mil na primeira fase e eleva o prêmio máximo a 2 milhões para o campeão. A2 e A3 tiveram aumentos robustos nas cotas e a Copa do Brasil ampliou valores por fase e o prêmio final de 1 milhão ao campeão. As competições Sub-20 e Sub-17 tiveram reajuste de 10 por cento.

No campo das transmissões, a CBF confirmou que todas as partidas do Brasileiro A1, Copa do Brasil, Sub-20 e Sub-17 terão cobertura integral. As divisões A2 e A3 terão transmissão completa de quartas de final, semifinais e finais. As datas Fifa e competições internacionais seguem preservadas em todo o calendário.

Calendário 2026 do futebol feminino brasileiro. (Foto: CBF/Reprodução)

Supercopa – 08/02

  1. Mando de campo será discutido (sorteio 50/50 sugerido)
  2. CBF propôs ida e volta
  3. Data-base: domingo ou sábado
  4. Primeira consulta oficial aos 18 clubes da Série A1 sobre início do calendário

Brasileiro A1 – 15/02 a 04/10

Brasileiro A2 – 14/03 a 19/09

Brasileiro A3 – 21/03 a 05/09

  1. Formato novo: turno e returno na 1ª fase
  2. 32 clubes
  3. 78 → 126 partidas
  4. 11 → 14 datas
  5. Data-base: sábado
  6. 26 estados representados
  7. 4 vagas para A2
  8. Vaga direta para Copa do Brasil
  9. Alteração no critério 3: ter permanecido como integrante do Brasileiro Feminino A3 em 2025; Clubes classificados entre a quinta e sétima colocação

Copa do Brasil – 22/04 a 15/11

  1. Novidade: quartas, semis e final em ida e volta
  2. 66 clubes
  3. 64 → 72 partidas
  4. 8 → 11 datas
  5. A3 entra na 1ª fase
  6. A2 entra na 2ª fase
  7. A1 entra na 3ª fase
  8. Datas bases das rodadas: quinta-feira e domingo
  9. Sorteio define confrontos e mandos
  10. Vaga para Libertadores e Supercopa

Base – SUB-20 (08/03 a 28/05)

  1. Final em ida e volta
  2. 24 clubes
  3. 85 → 86 partidas
  4. 11 → 12 datas

Base – SUB-17 (30/05 a 29/08)

  1. Final em ida e volta
  2. 24 clubes
  3. 85 → 86 partidas
  4. 11 → 12 datas

Liga SUB-16 – 23 a 29/09

  1. Final em ida e volta
  2. 8 clubes
  3. 20 partidas
  4. 5 datas
  5. 1 vaga para La Fiesta Conmebol

Liga SUB-14 – 23 a 29/09

  1. Final em ida e volta
  2. 8 clubes
  3. 20 partidas
  4. 5 datas
  5. 1 vaga para La Fiesta Conmebol

Premiações

  1. Supercopa: 700 mil → 1 milhão (campeão) / 500 mil → 600 mil (vice)
  2. A1: 360 mil → 720 mil (1ª fase)
  3. A1 campeão: 1,8M → 2M / vice: 800 mil → 1M
  4. Jogo de 1ª escolha com transmissão: +20 mil (27 jogos)
  5. A2: 150 mil → 360 mil
  6. A3: 36 mil → 120 mil
  7. Copa do Brasil por fase (exemplos):
    • 1ª fase: 20 mil
  8. 8ª fase: 100 mil → 200 mil
  9. Campeão: 1 milhão / Vice: 500 mil
  10. Sub-20 e Sub-17: +10% nas cotas

Transmissões

Novo calendário do futebol feminino brasileiro. (Foto: CBF/Reprodução)
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