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Lucas Bayer
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 04/09/2025
14:57
Atualizado há 2 horas
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Bruno Henrique se manifestou durante seu julgamento após polêmica envolvendo a manipulação de cartões amarelos e apostas esportivas. O julgamento do jogador do Flamengo está acontecendo nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, no STJD.

O jogador participou de forma remota. Na sua declaração, reafirmou que se considera inocente e que não teria cometido tais infrações.

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- Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos. Gostaria de reafirmar a minha inocência e dizer que confio na justiça esportiva, jamais cometi as infrações que estou sendo acusado. Meus advogados estão aí e falarão por mim durante a defesa do processo. Faço questão de mostrar o meu respeito e a minha total confiança nesse tribunal. Desejo um excelente julgamento a todos, que tudo transcorra de uma forma leve e justa. Uma boa tarde a todos. Obrigado - disse Bruno Henrique, que participou remotamente.

Veja o julgamento de Bruno Henrique em tempo real

Veja como foi o julgamento de Bruno Henrique, do Flamengo, até agora

O julgamento contou com Michel Assef Filho veio como advogado do Flamengo e Ricardo Pieri Nunes, como advogado do jogador, além da presença do Flavio Araújo Willeman, vice-presidente do Flamengo.

Uma das principais linhas de defesa de Bruno Henrique, apresentada pelos advogados Michel Assef Filho e Alexandre Vitorino, foi o pedido de prescrição do caso em favor do jogador e do Flamengo.

- O Flamengo reitera o seu posicionando de cumprimento às regras. De reprovação a qualquer ato de manipulação por resultado. Por isso o Flamengo está aqui. Para demonstrar o apoio ao seu atleta. Para no final do processo fazermos justiça - disse Assef.

- A primeira defesa do réu é o tempo. Caducou realmente a pretensão punitiva - completou Alexandre.

Assef ainda reconheceu que a luta contra a manipulação de resultados é legítima e importante, mas alerta que o processo precisa respeitar os prazos e regras do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Segundo o regulamento, a Procuradoria tem até 60 dias para oferecer denúncia após tomar conhecimento de um possível ilícito.

- A procuradoria tem 60 dias para fazer o que quer. Estamos todos juntos nessa luta (contra a manipulação de resultados), mas não podemos rasgar o código. Estamos criando um monstro para combater outro monstro - disse o advogado.

O auditor Alcindo Guedes foi contrário a defesa do Bruno Henrique após a apresentação dos argumentos. Enquanto isso, o auditor Guilherme Martorelli votou a favor do BH. William Figueiredo votou contra. Até esta etapa, o marcador da audiência pendendo contra o jogador.

O presidente Marcelo Rocha, presidente, votou para colher a prescrição do caso de Bruno Henrique. O julgamento começou pela análise do pedido de prescrição feito pela defesa de Bruno Henrique, ou seja, a tentativa de encerrar o processo alegando que o prazo para punição já teria expirado. Esse ponto foi rejeitado pelo tribunal, por 3 votos a 2.

Com essa decisão, o caso não foi arquivado. Desta forma, os auditores passaram para a segunda parte: avaliar o mérito, ou seja, se Bruno Henrique é culpado ou inocente em relação à acusação de envolvimento em manipulação de resultados.

Auditores e membros da defesa ouviram o depoimento do delegado Daniel Cola, que participou de investigações sobre manipulação de apostas esportivas. Ele mencionou, entre outros pontos, conversas entre Bruno Henrique e seu irmão a respeito da projeção para um cartão amarelo no jogo entre Flamengo e Santos, em 2023.

Na sequência, Pedro Lacaza (representante da casa de apostas KTO) concedeu seu depoimento também. Pelo lado do Flamengo, Assef também se manifestou. Na sua argumentação, alegou que não existiu nenhum prejuízo esportivo no que diz respeito aos cartões tomados.

Fazendo uso do seu direito, Bruno Henrique deu seu depoimento de forma breve.

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