Donald Trump e Gianni Infantino, durante evento na Casa Branca sobre a Copa do Mundo (Instagram/@gianni_infantino)O jornal "As", da Espanha, destacou nesta quarta-feira (19) que a Fifa "operou um milagre" com a ampliação da Copa do Mundo para 48 seleções, alcançando o objetivo declarado de Gianni Infantino de "tornar o Mundial realmente mundial". Segundo a publicação, a nova configuração do torneio abriu espaço para classificações históricas e inéditas, ampliando o alcance do futebol a países que, até então, jamais haviam sonhado com a fase final da competição.
A ampliação proporcionou momentos épicos nestas Eliminatórias, com a classificação inédita de Cabo Verde, Curaçao, Haiti, Uzbequistão e Jordânia. Para o "As", esses países simbolizam o plano de longo prazo da Fifa de "democratizar" o futebol, investindo em formação, infraestrutura e inclusão — um movimento que agora rende frutos.
— Sempre houve seleções desse tipo em Mundiais. O que muda é o número de grupos. A hierarquia será parecida: um rival forte, um terceiro que funciona como termômetro e um quarto mais acessível — analisou Aritz Gabilondo redator-chefe do "As".
Estreantes na Copa do Mundo chamam atenção
Entre os destaques, o "As" sublinha que Curaçao, com apenas 155 mil habitantes, será o menor país da história a disputar uma Copa. Já Cabo Verde, de 491 mil habitantes, volta a mostrar força após surpreender nas Eliminatórias Africanas.
O Haiti e a Jordânia chegam ao torneio apesar de crises políticas e humanitárias, enquanto o Uzbequistão colhe os frutos de um trabalho consistente nas categorias de base.
Além dessas seleções, a Copa ganhará ainda duas equipes vindas da repescagem intercontinental, que reúne República Democrática do Congo, Iraque, Bolívia, Nova Caledônia, Panamá e Suriname. A ampliação também favoreceu o retorno de nações tradicionais europeias como Noruega, Áustria e Escócia, que não disputavam o Mundial desde 1998.
Com isso, o jornal afirma que o objetivo de Infantino está cumprido: globalizar o torneio como nunca antes. O sorteio da Copa do Mundo, marcado para 5 de dezembro em Washington, será — nas palavras do As: "a maior e mais global festa de futebol da história".
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