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‘Grande capitão’, Hazard foi torcedor da França e também brilhou em Paris

Após 20 anos, meia da Bélgica volta a encarar a seleção pela qual torceu na Copa do Mundo de 1998. Revelado por clube francês, ele nunca perdeu para a França e já marcou em Paris

Reprodução-Twitter
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Eden Hazard é belga, nascido em La Louvière, pequena cidade do país. Hoje é capitão da seleção da Bélgica, a um passo de conseguir o inédito feito de jogar uma final de Copa do Mundo. Mas as ligações afetivas do camisa 10 com a França, adversária desta terça, às 15h de Brasília, em São Petesburgo, são fortes. E não apenas pelo idioma francês, o primeiro de Hazard, que também fala holandês (a outra língua oficial do país) e inglês. Há 20 anos, durante a Copa do Mundo de 1998, o meia foi torcedor da França de Zidade e de Didier Dechamps, ex-volante, capitão do título mundial e atual treinador francês.

Uma foto de Eden com os irmãos Kylian e Thorgan caiu nas redes sociais na última segunda-feira. A imagem de 1998 tem os três usando a camisa 10 da França, então de Zidane. La Louvière, de cerca de 70 mil habitantes, tem o francês como principal idioma. A distância da cidade belga para a francesa Lille, onde Hazard começou a jogar futebol profissionalmente, é de 100km.

- Como torcedores, sempre tivemos preferência pela França, e não pela Bélgica. A França se tornou campeã mundial em 1998. Os jogadores da França eram melhores do que na Bélgica e digo isso com todo o respeito. Sempre nos sentimos como belgas, mas apoiávamos a seleção francesa - afirmou Eden Hazard, em entrevista ao site beIN Sports.

O atual camisa 10 da Bélgica atuou nas categorias de base do Royal Stade Brainois e AFC Tubize, do país. Um olheiro do Lille descobriu o talento com 14 anos e o levou para a França ainda na base. Hazard estreou no time profissional do clube francês em 2007 e o defendeu até 2012 - conquistou o Campeonato Francês e a Copa do França. Foi então vendido ao Chelsea (ING) por 32 milhões de libras (R$ 165 milhões na cotação de hoje).

Vestindo a camisa da Bélgica, seleção que defende na base desde 2006 (estreou na principal em 2008), Hazard nunca perdeu para a França e já brilhou em Paris num amistoso com peso histórico para os belgas. Em 7 de junho de 2015, o atleta fez o quarto gol de sua seleção contra os franceses no Stade de France. A Bélgica venceu por 4 a 3 (Fellaini fez dois) e quebrou um tabu de 13 anos sem vencer os adversários. Antes, Hazard esteve em campo em dois empates sem gols contra a França, um em Paris, outro em Bruxelas.

Hazard em vitória contra a França em Paris, em 2015 (Foto: AFP)

Na Copa do Mundo, o capitão atuou em quatro das cinco partidas da Bélgica: são 338 minutos em campo, com dois gols e duas assistências. Poupado diante da Inglaterra na primeira fase, Hazard marcou duas vezes na goleada por 5 a 2 sobre a Tunísia. Na vitória por 2 a 1 sobre o Brasil, na última sexta, pelas quartas de final, o meia foi um dos melhores jogadores em campo.

- Eden é um grande capitão. É alguém que é sempre ele mesmo, seja qual for o adversário, está sempre lá, decidido com o que faz. O nível de jogo dele é altíssimo. Ele tem sido decisivo no ataque. Eden tem um papel importante, é capitão. Hazard tem um futebol bonito - disse o técnico Roberto Martinez.

Apesar de exaltado pelo treinador, Hazard chegou à Copa do Mundo questionado pela imprensa belga. A mídia local avalia que o meia fez poucos jogos de destaque pela seleção em dez anos. A Bélgica foi eliminada por País de Gales na última Eurocopa, antes de Martinez assumir e chegar a 24 partidas de invencibilidade com a equipe após o triunfo contra o Brasil.

Hazard disputou quatro dos cinco jogos dos belgas na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Não marcou nenhum gol e caiu com a equipe na derrota por 1 a 0 para a Argentina, nas quartas de final.