Finalmente, chegou o momento esperado por todo o planeta futebol: Flamengo e Palmeiras se enfrentam neste sábado 29/11 em Lima, no Peru, para alcançar a "Glória Eterna". Alguém será o primeiro brasileiro tetracampeão continental, através de uma enorme rivalidade que vem pontuando o futebol sul-americano na última década.

Eu sei quem irá vencer a Libertadores. E não, não vim do futuro com a resposta. Também não vou lançar a bola de cristal aqui e fazer um prognóstico mágico. Mas parece um tanto óbvio que o segredo para levantar a taça passa pelo foco e pelo controle mental. Afinal, futebol é um jogo que se joga com a cabeça. Ainda mais em uma final.

Na Libertadores é diferente

Na média geral, envolvendo todas as competições, Flamengo e Palmeiras são times que marcam mais gols do que o esperado. Ou seja, convertem em gols mais do que produzem em chances (gols esperados/xG). Mas quando nos referimos à Libertadores, a coisa se inverte: as duas equipes marcam menos gols do que se espera.

Talvez isso leve a pensar que, já que é uma final de jogo único, a tendência é uma partida com poucos gols. Falando em probabilidades, há 75% de chance de terminar com menos de 4 gols no total. Desde que a final começou a ser disputada em partida única, nunca tivemos mais de 4 gols.

A tática ajuda o mental

Imagino que teremos uma partida com o Flamengo tendo mais a posse, tentando ditar o ritmo do jogo, e o Palmeiras mais reativo, procurando as disputas de segunda bola nos lançamentos e cruzamentos. Mas pode ser que seja o contrário, com o Verdão conduzindo o jogo e o Flamengo pressionando alto.

As dinâmicas defensivas do Flamengo são muito bem coordenadas, ainda mais quando Jorginho induz e conduz a pressão, e Pulgar faz o trabalho vigilante. O time consegue passar da pressão do bloco alto para as linhas em bloco baixo com muita naturalidade. E isso será uma chave fundamental para o jogo sem a bola rubro-negro.

Jorginho em ação pelo Flamengo contra o Fortaleza (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Se talvez não haja muitas novidades por parte do Flamengo, o Palmeiras tem no jovem Allan a possibilidade de trazer algo diferente para a final. Ele acertou 10 dribles contra a LDU na semifinal, e com sua esquerda talentosa pode causar o caos nesse organizado sistema defensivo flamenguista. Gerando os espaços que Vitor Roque e Flaco López tanto gostam de aproveitar.

Aquele time que estiver mais concentrado nas vigilâncias defensivas, que consiga interceptar e desarmar com maior eficiência o adversário e consiga, claro, quebrar a própria média na competição de marcar menos gols do que o esperado, levará a taça para casa. Viu só como eu sei quem irá vencer a Libertadores?

Pitaco do Guffo: leia mais colunas

Leia mais publicações do colunista nos links abaixo:

➡️A estratégia de Abel Ferreira para incomodar o Flamengo
➡️Qual é o segredo do Mirassol?
➡️O Internacional piorou com Ramón Díaz
➡️Ancelotti não tem centroavante ainda
➡️A Libertadores é brasileira

Siga o Lance! no Google News