Após a derrota por 3 a 0 no clássico contra o Flamengo, nesta quarta-feira (15), o volante e capitão do Botafogo, Marlon Freitas, concedeu uma entrevista. O jogador reconheceu os erros da equipe, apontou caminhos para a recuperação e reforçou a necessidade de blindagem e união em um momento delicado da temporada.

— Eu acho até que a gente conseguiu competir bem. Acho que faltou a gente ser um pouco mais agressivo, porque a gente sabe da qualidade do Flamengo. Só que, sem a bola, eles têm dificuldade. Quando a gente conseguiu trocar passes, conseguiu aparecer, conseguiu ficar perto, a gente conseguiu sair e criar chances. Acho que faltou um pouquinho mais de tranquilidade no último terço. Claro que é ruim perder um clássico. É muito ruim. Mas a gente precisa seguir. Não está sendo um ano fácil, tanto dentro como fora do clube, acho que todos sabem — analisou Marlon.

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Em tom de liderança, Marlon chamou a responsabilidade e reforçou que o grupo não pode deixar que os problemas externos abalem o que vem sendo feito internamente.

— O Botafogo precisa se unir ainda mais, porque não pode destruir aquilo que foi construído. E foi construído com muito trabalho, com muita dedicação. Então, a gente precisa se unir, precisa se blindar mais, dentro do clube e fora também. Porque empenho e dedicação não estão faltando. Eu posso falar isso com toda autoridade, porque estou aqui desde 2023 e sei o trabalho que é feito. A gente não pode deixar as coisas que estão acontecendo fora chegarem até a gente. É um trabalho que precisa continuar. Precisa olhar para frente. Claro, sentir a derrota é difícil, mas domingo já tem um jogo fora. E a gente precisa mostrar a nossa melhor versão no domingo.

Pedro finaliza para abrir o placar para o Flamengo contra o Botafogo (Foto: Adriano Fontes/Flamengo)

O camisa 17 também falou sobre o momento delicado que o clube atravessa e destacou que, apesar das dificuldades, a equipe está no caminho certo.

— Como falei, na minha visão é a continuidade. A gente sabe que é difícil, a gente sabe como funciona o futebol. Mas, assim, cara, é até difícil o Marlon falar, achar um pouco a dificuldade, porque… enfim, tem muitas coisas que eu acho que ainda precisam melhorar. E o Botafogo está no caminho, o clube está no caminho. É tempo. Claro que todo ano a gente não vai ganhar, mas a nossa indignação e a nossa briga são para todo ano o Botafogo tentar competir, tentar ganhar, tentar chegar. Então, é isso que foi criado e é isso que tem que continuar: essa ambição, essa fome.

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Mesmo suspenso para a próxima partida, Marlon se colocou como parte ativa do processo e reafirmou a necessidade de apoio mútuo dentro do elenco.

— Mas agora é hora de se unir. Agora é hora de um agarrar na mão do outro, como eu sempre falo, de família, não soltar a mão de ninguém. A gente precisa se blindar, nós jogadores, com a mídia, com tudo, e seguir o trabalho de cabeça erguida. No final de semana já tem um jogo difícil. Eu não vou estar presente, vou estar suspenso, mas vou estar junto, torcendo. Amanhã já tentando colocar a galera para cima também, para no final de semana a gente fazer um grande jogo e seguir nosso caminho.

Com o foco na reta final da temporada, Marlon ressaltou a missão do grupo: colocar o Botafogo na Libertadores de 2026, mantendo o clube entre os protagonistas do futebol brasileiro.

— Porque ainda tem um objetivo na temporada. Essa é a nossa missão como jogadores: deixar o clube no lugar em que a gente pegou, que é a disputa da Libertadores. Essa é a nossa missão aqui, e é isso que a gente tem que entregar. De quem vai ficar, o que vai acontecer no ano que vem, a gente não sabe, mas a gente precisa concluir essa missão, a missão que foi nos dada, e dar o nosso melhor.

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Por fim, o capitão comentou sobre a cultura do imediatismo no futebol e pediu que as comparações com temporadas passadas deem lugar ao foco no presente e no que ainda pode ser alcançado.

— Eu vejo futebol de uma forma diferente. Tem vezes que você ganha e não está tudo certo, e também, quando você perde, não está tudo errado. No futebol, cada um pensa de uma maneira diferente. Eu acho que o trabalho está sendo bem feito. A gente sabe que, no Brasil, é o resultado. Claro, por tudo que foi feito, como já falei, pelo que foi construído ano passado, qualquer treinador que chegue aqui, seja ele mais novo ou mais experiente, se não conseguir resultado, vai ter cobrança também por aquilo que foi feito.

O Botafogo volta a campo no próximo domingo, às 18h30 (de Brasília), para enfrentar o Ceará, na Arena Castelão.

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