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Gols, ‘mito’, declínio… Camilo encerra passagem de altos e baixos no Bota

Do brilhantismo do ano passado até o desanimo em 2017, meia atuou durante um ano e viveu situações distintas no clube: bicicleta, polêmica com Jair... agora, vai para o Inter

Camilo foi um dos principais jogadores do Botafogo na arrancada no ano passado (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
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A intensa e rápida relação entre Botafogo e Camilo chegou ao fim na última terça, com o acerto da rescisão do ex-camisa 10, de saída para o Internacional. E a trajetória do meia de 31 anos, que ficou exatos um ano e um mês no clube, rendeu dois capítulos à parte (2016 e 2017), distintos e que se complementam.

Primeiro, é necessário voltar ao ano passado. O Botafogo sofria no Z4, sem grandes perspectivas de mudanças e com pressão da torcida por reforços. E um deles foi Camilo, que chegou ao clube vindo da Arábia Saudita. Ele demorou um mês para poder estrear - pela abertura da janela internacional - e logo deu outra cara para o Glorioso: no seu primeiro jogo, marcou um golaço e deu uma assistência na vitória por 3 a 2 contra o próprio Internacional, seu novo clube.

Naquele Brasileirão, foi um dos responsáveis pela impressionante arrancada do Botafogo, junto com o técnico Jair Ventura, que assumiu a equipe no segundo turno. Marcou seis gols e deu seis assistências, sendo considerado um dos melhores meias do campeonato. Em um dos seus tentos, realizou uma pintura de bicicleta, contra o Grêmio, na então Arena da Ilha. Até por isso, ganhou o reconhecimento e apelido de "Camito" por parte da torcida botafoguense.

Contudo, 2017 trouxe uma nova faceta para a relação Camilo x Botafogo. Da sua idolatria pela arrancada que culminou na Libertadores, veio a cobrança pela falta de gols, assistências e principalmente participação nas jogadas de ataque da equipe. Chegou a marcar um gol decisivo contra o Atlético Nacional, na Libertadores. Mas parou por aí. Foram 28 partidas, com esse tento e uma assistência no Campeonato Carioca. Pouco para quem já fora tão decisivo.

E, além da falta de maior produtividade dentro de campo, os problemas fora dele também vieram à tona. Com a contratação de Montillo e a manutenção de um esquema com apenas um articulador, Camilo chegou a perder espaço e a sua condição de titular absoluto. Em abril, discutiu com Jair e abandonou o treino. Depois, teve a situação apartada, voltando ao time também devido aos diversos problemas de lesão que marcaram a passagem do argentino no clube.

Nesse retorno depois do problema no ombro - que o tirou de alguns jogos do Botafogo em junho - voltou perseguido pela torcida, com direito a vaias em alguns jogos no Nilton Santos.  Mesmo sem Montillo como concorrente, a sua situação se tornou ainda mais irreversível, com João Paulo e Marcos Vinícius tendo mais espaços e Leo Valencia podendo ser opção nos próximos jogos.

De mito à preterido, a passagem de Camilo foi marcada por duas fases: o lado positivo será marcado pela grande participação na arrancada que garantiu o Botafogo na Libertadores deste ano, com golaços - de bicicleta - e passes para gol. A parte negativa fica por conta desta temporada, quando o meia não jogou o que se esperava dele - principalmente pela expectativa criada ano passado - e ainda teve problemas por conta da concorrência dentro do elenco alvinegro.

CAMILO NO BOTAFOGO:
57 jogos
​7 gols
7 assistências