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Em crise financeira, Botafogo encara o Cruzeiro sob incógnita

Clube passa por momento delicado na parte econômica e Eduardo Barroca espera elenco focado no 'lado esportivo' no compromisso no Mineirão

Botafogo volta a campo contra o Cruzeiro no Mineirão logo mais, às 16h (Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Eleven)
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Em meio a um turbilhão de problemas internos, o Botafogo volta a campo após um mês para a continuidade definitiva da temporada. Neste domingo, contra o Cruzeiro, às 16h, no Mineirão, o Alvinegro terá dois objetivos pela frente: além de somar os três pontos, a necessidade de realçar que os assuntos extracampos não interfiram nas quatro linhas. Na sexta-feira, em coletiva no Nilton Santos, Eduardo Barroca garantiu que é preciso focar no "lado esportivo".

O momento financeiro é delicado. Além dos dois meses de salários atrasados, a insatisfação do grupo é evidente. Em julho, nenhum jogador teve contato com a imprensa. As coletivas foram canceladas, tal qual as ações de marketing. É a "lei do silêncio", proposta pelo próprio elenco botafoguense em protesto à situação econômica. 

Mas e dentro de campo? Na inter-temporada, Barroca decidiu por não marcar nenhum jogo-treino ou amistoso. O Botafogo foi o único clube do Rio de Janeiro que passou o período para a Copa América somente treinando. Nas atividades, o foco foi na parte ofensiva. Desfalque já confirmado, Cícero sequer viajou para Belo Horizonte com dores musculares.

Durante a semana, além da presença de Cícero, as outras dúvidas estavam nas laterais: na direita, Fernando ou Marcinho? Na esquerda, Jonathan ou Gilson? Barroca não fez questão de esconder: Marcinho volta depois de três meses na reserva e Gilson segue titular. Dessa forma, o Glorioso iniciará com Gatito; Marcinho, Carli, Gabriel e Gilson; Bochecha, Alex Santana e João Paulo; Erik, Luiz Fernando e Diego Souza.

BARROQUISMO CONTRA O PRAGMATISMO 
​Segunda maior média de posse de bola do Campeonato Brasileiro, com 55,5%, o Botafogo vai a BH para ratificar a proposta de jogo que tem sido comum com Barroca.  O adversário não fará questão alguma de "disputar" a pelota com o Alvinegro. O Cruzeiro tem 49% de média de posse e, com Mano Menezes, se sente mais à vontade recuado em seu campo defensivo, à espera de um contra-ataque. Pragmático, o Cruzeiro possui um jogo mais direto e vertical.

O trabalho ainda recente de Barroca foi apelidado carinhosamente pelos torcedores nas redes sociais de "Barroquismo". A mudança de rumo depois de um fim de trabalho decepcionante com Zé Ricardo, eliminado nas fases de grupos da Taça Guanabara e Taça Rio e na terceira fase da Copa do Brasil, foi elogiada. Os 55,6% de aproveitamento do técnico contrastam com os 41% dos meses com Zé.

Sem trocadilho com o barroquismo "genérico" do século XVII, o Botafogo atual não é uma obra de arte. Mas a consistência das nove rodadas iniciais do Brasileirão 2019 fez o time chegar a estar entre os quatro primeiros colocados. Essa efetividade será colocado em teste contra o atual bi-campeão da Copa do Brasil.