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Leonardo Bessa
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 12/09/2025
04:50
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Chegou ao fim mais uma chance de título do Botafogo no conturbado ano de 2025. Na temporada seguinte das grandes conquistas do Brasileirão e da Libertadores, o Alvinegro paga caro o preço de mudanças constantes e formação tardia. A eliminação para o Vasco, na última quinta-feira (11), é só mais um detalhe.

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Isso passa do discurso ainda no início do ano, após perder Supercopa Rei para o Flamengo e Recopa para o Racing, de que a temporada só começaria em abril. Foram seis meses de dificuldade em fazer a coisa andar. Ainda que tenha o segundo turno dos pontos corridos pela frente, a distância é grande e a realidade aponta mais para uma briga por vaga na próxima Libertadores.

Botafogo e a roda que gira mais que o necessário

O investimento pesado em 2024 trouxe os canecos importantes. A qualidade falou mais alto, com nomes como Gregore, Thiago Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus. Para achar substitutos da mesma prateleira é difícil e o mercado aponta isso. Ainda assim, cerca de R$ 700 milhões foram gastos para 2025.

A aposta ousada por um técnico de primeira viagem, Davide Ancelotti, no curto prazo, também deu errado. E isso não aumenta o trabalho de Renato Paiva, seu antecessor. O italiano, chamado para tocar o tão falado "Botafogo Way", um estilo marcante de atuações, passa longe de dar um padrão. O Alvinegro, sob seu comando, ainda não evoluiu e dá sinais do contrário. Assim, a pressão só vai consumindo na busca por bons resultados.

O time titular, considerado ideal, foi se desfazendo ao longo do ano e precisou ser remontado. Como diz a expressão, "trocar o pneu com o carro andando" nunca é o melhor dos caminhos. 2024 foi excessão e não poderia ser tratado como regra. Erros no comando foram claros e até mesmo assumidos por John Textor.

— Eu vou contar essa história olhando o espelho. Não vou sofrer tanto assim. Esse é um trabalho difícil se você passar o tempo repensando o que fez. Tenho uma lista de 20 coisas que eu fiz errado, que nós fizemos errado. Fácil, certo? Nós saímos da Libertadores precocemente, fomos eliminados da Copa do Brasil. Fracassamos nos nossos principais objetivos de títulos de copas. Mas ainda temos muita coisa para jogar este ano. Esses caras têm orgulho. Vamos dar aos torcedores algo de bom este ano. Não vou dar uma lista de todos os meus erros. Ou ficaríamos aqui a noite toda — disse, em entrevista, após a eliminação para o Vasco.

A temporada de 2025 não acabou e há briga, mas ficará de lição para o audacioso projeto da SAF, que já colocou o Botafogo no cenário do protagonismo. Para o tamanho do investimento, uma vaga na Libertadores parece pouco.

O sonho da Copa do Brasil, que falta na galeria do Glorioso, foi adiado e com justiça. Com muitos erros, fazer o ano dar certo com título de expressão era a missão mais complicada, e o tempo não foi suficiente para formar um clima parecido com o de outrora. Agora resta a Competitividade – também aquém no ano – no Brasileirão.

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