O Bahia venceu o Palmeiras por 1 a 0 em duelo de G-6 na tarde deste domingo, na Arena Fonte Nova, pela 25ª rodada do Brasileirão, com um lindo gol de Ademir. Um dos assuntos mais comentados, para além do resultado, foi estado do gramado do estádio, que gerou reclamações principalmente do lado alviverde. Rogério Ceni, porém, rebateu e afirmou que o mais prejudicado foi o Tricolor.

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Em entrevista coletiva depois da partida, o treinador afirmou que as mudanças no campo atrapalham o jogo do Bahia, que preza pela posse de bola.

— Acho que a cor estava muito feia. Para o Palmeiras, é melhor gramado ruim porque só fazem ligação direta, quase. A característica de jogo deles é Weverton-Flaco-Vitor Roque. A gente prejudica mais porque joga desde trás do chão. Também gostaríamos que o gramado tivesse em melhor condição, mas acho que atrapalhou mais para nós. Sobre lesão, me desculpa, mas para quem joga em gramado sintético reclamar de lesão em gramado natural, aí fica feio. E paro por aqui, vamos valorizar nossa vitória e não vamos esconder a derrota do adversário em cima de um campo que oferecia minimamente condição. Não é o ideal? Concordo. Mas lesão muscular na conta do gramado é demais — analisou Ceni.

Em contato com o Lance!, a assessoria da Arena Fonte Nova confirmou uma mudança na coloração do gramado, mas negou qualquer alteração nos "indicadores técnicos de tração, compactação, resistência e umidade".

Gramado da Fonte Nova para Bahia x Palmeiras (Foto: Marcio Jose/AGIF)

Bahia volta a sonhar alto

Depois de quatro jogos sem vencer no Brasileirão (três derrotas e um empate), nada melhor do que se recuperar contra uma das equipes mais fortes da competição, diante de mais de 45 mil torcedores. O resultado conquistado neste domingo faz Rogério Ceni se permitir a sonhar grande mais uma vez.

— Pode sonhar e viver. Temos que procurar ser campeões como fomos baiano e da Copa do Nordeste. Temos que tentar também ser campeões brasileiros. Mas a pontuação é distante, ficamos sem o elenco completo. Tem que sempre brigar pelo primeiro lugar. As pessoas podem bater em você porque você falou em G-6, mas falo isso com orgulho. E eu entendo que é do sexto ao primeiro. Os três times da frente se destacaram muito em pontuação, e estamos com muitos lesionados. Somos ponderados, brigar por G-6 é motivo de orgulho.

— Acho que eu trabalho dentro das possiblidades de tempo e treinamento, parte mental sempre tentando dar força. Jogamos tão bem hoje quanto contra o Cruzeiro. Jogamos mal contra o Fluminense, Mirassol. Hoje nós rendemos e ganhamos, então é natural que as pessoas olhem em cima do resultado. A equipe competiu bastante, para ganhar do Palmeiras tem que ser assim. Eles tentam no jogo físico, jogo aéreo forte. A gente competiu no campo. Com bola no chão também jogamos mais que o Palmeiras — completou.

Sem muito tempo para comemorar, o Bahia agora vira a chave e começa a preparação para enfrentar o Botafogo, às 21h30 desta quarta-feira (horário de Brasília), no Nilton Santos, pela 26ª rodada do Brasileirão.

— Se nós competirmos dessa maneira, se jogarmos com desejo de vencer, se tivermos energia… Botafogo também se caracteriza pela força física. Vamos ver com calma, duelo direto, 40 a 40 (pontos). Independente disso é confronto que vale posição, e esperamos que isso sirva como impulso o triunfo de hoje para enfrentar o Botafogo — finalizou o treinador.

Ademir comemora gol contra o Palmeiras (Foto: Marcio Jose/AGIF)
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