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Bárbara estreia dupla, foca em novo ciclo e diz ter se afastado de Ágatha

Medalhista de prata na Rio-2016 inaugura dupla com Fernanda Berti na etapa de Brasília do Circuito Brasileiro e acredita que a reaproximação com sua ex-parceira só virá com o tempo

(Foto: AFP/YASUYOSHI CHIBA)
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As primeiras passadas de um novo ciclo começarão a ser executadas nesta sexta-feira por Bárbara Seixas. Medalhista de prata nos Jogos do Rio, em agosto, ao lado de Ágatha, a carioca de 29 anos estreia a partir das 9h a dupla com Fernanda Berti, de 31, na etapa de Brasília do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, que acontece até domingo.

A perspectiva da jogadora é chegar a Tóquio (JAP), em 2020, em condições de brigar novamente entre as melhores do planeta. Por entender que seria o melhor caminho, ela se reuniu com a ex-companheira logo após o torneio olímpico para avisar que seguiria outro rumo.

As atletas, que se destacaram pela forte união entre 2011 e 2016, não conversaram mais desde aquele encontro. A paranaense de 33 anos também fará a primeira aparição da nova temporada na capital federal, com Carol Solberg, sua parceira até dezembro. A partir de 2017, se une a Duda, de 18.

– A troca de dupla foi uma motivação para o próximo ciclo. Mudança traz crescimento. Quando começamos do zero, temos de nos conhecer a fundo, nos encaixar nos mínimos detalhes, que trazem a evolução. Eu tinha um jeito de jogar com a Ágatha, e agora vou aprender outro com a Fernanda. Atleta é movido a desafios. Estou animada e motivada a fazer dar certo, com as lições do passado – afirmou Bárbara, ao LANCE!.

"Quando começamos do zero, temos de nos conhecer a fundo, nos encaixar nos mínimos detalhes, que trazem a evolução. Eu tinha um jeito de jogar com a Ágatha, e agora vou aprender outro com a Fernanda. Atleta é movido a desafios"

O desmanche da equipe olímpica não aconteceu totalmente, mas significou um rompimento quase familiar. O técnico Ricardo de Freitas, marido da carioca, integra o time com Fernanda, bem como a maior parte da comissão que foi ao Rio. Já o preparador físico Renan Rippel, casado com Ágatha, seguiu a esposa.

Em agosto, a paranaense declarou publicamente ter ficado surpresa com a escolha pelo fim da dupla. Não escondeu a chateação, mas disse que daria a volta por cima. Ambas tiraram um tempo de férias e se ausentaram do torneio de abertura do Circuito, em Campo Grande. Agora, se reencontrarão em meio à relação estremecida. Mas Bárbara se mostra aberta.

– Nunca mais nos falamos. Temos de dar tempo ao tempo. Mas desejo tudo de bom a ela, que tenha sucesso na nova parceria. Este é um cenário típico do vôlei de praia. Nós já trocamos de duplas antes. Faz parte – disse a atleta.

O trabalho nos próximos meses será de paciência. Ela reconhece que precisará começar do zero a busca por entrosamento com Fernanda, de 1,89m, sete centímetros mais alta que Ágatha. A força e potencial de bloqueio da nova parceira são aspectos apontados como os diferenciais.

– Ela veio da quadra e teve uma adaptação rápida à areia. Nós somos conscientes do nosso momento, mas estamos positivas – avaliou Bárbara, que ainda tenta manter os patrocinadores da equipe antiga ao seu lado agora.

A corrida pelo título do Circuito Brasileiro começou em setembro. Larissa/Talita e Ricardo/André Stein venceram e etapa de estreia, em Campo Grande. Outra novidade em Brasília é a estreia dos campeões olímpicos Alison e Bruno Schmidt, que se pouparam na abertura da temporada.

BATE-BOLA
Bárbara Seixas, medalhista de prata na Rio-2016, ao LANCE!

LANCE!: O que espera da primeira competição ao lado da Fernanda?
Bárbara: Tivemos pouco tempo de trabalho até agora. Há muito o que melhorar em relação a entrosamento, mas estamos motivadas sobre o quanto podemos crescer. O torneio será bom para nos ajustarmos e trocarmos informações. Ela é uma excelente pessoa, aberta a novos projetos. Quer crescer cada vez mais. Isso é importante na hora de construir um time.

L!: Como foi o período após os Jogos? Conseguiu descansar?
B: Tive 15 dias de intervalo e viajei uma semana para os Estados Unidos. Foi legal para desconectar um pouco, abaixar a poeira da Olimpíada, que foi um momento mágico. A carreira do atleta do atleta é curta e não ha tempo a perder. Tem de descansar, mas não muito.

L!: Sentiu alguma mudança no reconhecimento após a sua conquista no Rio?
B: Senti uma proximidade maior das pessoas. isso foi bacana, Na Olimpíada e após, várias vieram me cumprimentar, agradecer por momentos maravilhosos dos jogos, sentiram a emoção. Fico feliz de ter conseguido passar esse sentimento de amor pelo que faço, de leveza. A Olimpíada trouxe ao Brasil um espírito de união. Houve uma proximidade maior. Elas passam a te reconhecer mais pelo que você faz , mas é difícil mensurar. Tenho pés no chão. Fora isso, não mudou tanto.

L!: Como será enfrentar a Ágatha?
B: É diferente pela mudança de equipe, pois foram anos de parceria. Mas faz parte. Sei que a determinação minha e dela será a mesma, assim como a vontade de querer ganhar.