O técnico Fábio Carille chegou ao Vitória há menos de um mês e já conseguiu um feito importante: fazer o time parar de perder e estancar a sangria que culminou na queda de Thiago Carpini. Por outro lado, os seis pontos somados nos cinco primeiros jogos à frente do Rubro-Negro resultaram no terceiro pior início de trabalho da carreira de Carille, que começou lá em 2016, no Corinthians.
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Antes auxiliar técnico do Timão, Fábio Carille engatou seu primeiro trabalho de forma efetiva há nove anos, quando comandou o time em oito jogos no meio daquela temporada. Nas cinco primeiras partidas, foram nove pontos conquistados. Ele, inclusive, continuou no Corinthians até 2018, quando se transferiu para o Al-Wehda (SAU) depois de construir uma bonita história no clube paulista, com direito a título do Campeonato Brasileiro em 2017.
Carille ainda passou por clubes como Al-Ittihad (SAU), Santos, Athletico-PR, V-Varen Nagasaki (JAP) e Vasco, antes de chegar ao Vitória.
Veja como foram os primeiros cinco jogos de Carille em cada clube:
- Vasco (2025): 10 pontos;
- Santos (2024): 12 pontos;
- V-Varen Nagasaki (2022): 8 pontos;
- Athletico (2022): 9 pontos;
- Santos (2021): 3 pontos;
- Al-Ittihad (19/20): 4 pontos;
- Corinthians (2019): 7 pontos;
- Al-Wehda (2018/19): 11 pontos;
- Corinthians (2016): 9 pontos.
O atual início no Vitória só é melhor do que o registrado no Al-Ittihad e no Santos. Mas essas passagens compartilham uma semelhança entre si, já que, nas três ocasiões, Carille assumiu o trabalho no meio de um temporada, o que torna a implementação das ideias ainda mais difícil. A a velha lógica de trocar o pneu com o carro andando.
Trabalho de Carille no Vitória
É justamente esse processo de adaptação que Carille enfrenta no Vitória. O treinador ainda está conhecendo os atletas e tem a primeira semana livre para trabalhar desde que chegou ao clube, no dia 11 de julho. Antes da estreia contra o Inter, inclusive, ele só comandou um treino. O resultado foi uma derrota amarga no Beira-Rio, a única do seu trabalho até aqui.
Muito também se deve ao planejamento equivocado da diretoria, que demitiu Carpini logo no primeiro jogo depois da parada para o Mundial de Clubes. Se Carille tivesse esse tempo maior de treinos, o choque poderia ser amenizado.
O próprio Carille admitiu que orientou muito os jogadores só na conversa devido aos intervalos curtos para treinos. Foram, ao todo, cinco jogos em 14 dias. Neles, Carille arrancou três empates (Botafogo, Sport e Mirassol), perdeu uma vez (Internacional) e venceu outra (Bragantino). A partir das 19h30 deste domingo (horário de Brasília), diante do Palmeiras, o treinador vai ter a chance de melhorar esse histórico e dar respiro ao time na luta contra o Z-4 do Brasileirão.