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Três zagueiros, saída engessada e liberdade dos alas: o empate de Zé

Técnico do Vasco surpreende ao mudar esquema tático no clássico, já pensando na estreia da fase de grupos da Libertadores. L! analisa o que deu certo e errado no Nilton Santos

Zé Ricardo gesticulando durante o clássico (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
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O clássico entre Fluminense e Vasco não saiu do zero no estádio Nilton Santos, mas foi um jogo interessante de se ver. Não pela qualidade técnica, e sim pelo duelo de estratégias entre Zé Ricardo e Abel Braga. O jovem treinador vascaíno mostrou ousadia ao estrear novo esquema tático justamente contra o rival, espelhou a formação e neutralizou o adversário - chegando à sexta partida sem derrotas no confronto pessoal com Abelão. O LANCE! analisa  as novidades e o que precisa melhorar na proposta do Cruz-Maltino.

A grande surpresa de Zé foi a escalação com três zagueiros, treinada desde o fim de fevereiro em São Januário. O comandante afirmou na terça-feira que não faria mudanças bruscas na equipe, mas mudou de ideia e ensaiou a formação que pode ser usada na estreia da fase de grupos da Libertadores. O posicionamento é o mesmo que o Fluminense usa desde o começo da temporada: uma espécie de 3-5-2 com variações. Na defesa, o time se fecha no 5-3-2 e os três zagueiros fecham a área para evitar o caos n a bola aérea defensiva.

Confira abaixo como a defesa se porta quando está sem a bola:

Mas engana-se quem acha que a tática é apenas uma retranca. A defesa mais incorpada é também uma forma de liberar os laterais Yago Pikachu e Henrique, com características mais ofensivas que defensivas. Assim, viram alas e ganham liberdade para sair em velocidade no contra-ataque. Veja como ambos chegaram na área no primeiro lance de perigo do Vasco:

A saída rápida, de certa forma, funcionou. Zé chegou a pedir na parada técnica que, assim que roubassem a bola, ligassem de imediato em Riascos e Rildo para os dribles em velocidade. Porém, quando a posse de bola era do Vasco e o adversário estava armado, foi feio de se ver. O trio Paulão-Erazo-Werley não conseguiu dar qualidade na saída de bola e em alguns momentos apelou para os chutões. Só quando Wagner ou Desábato buscavam o jogo que o time conseguia sair trocando passes na frente do meio de campo:

No primeiro tempo, poucas ações deram certo para os dois lados. Em uma bobeira da defesa, Sornoza apareceu livre para cabecear mas Martin Silva saiu fechando o gol. Rldo também teve chance clara mas se atrapalhou na passada e desperdiçou. No fim, Zé tirou o zagueiro Werley e colocou Paulinho, alterando o esquema durante a partida para um 4-3-3. Andrés Rios entrou no lugar de Rildo, cansado, e Thiago Galhardo deu mais movimentação ao meio depois da saída de Wagner que, mesmo centralizado, pouco fez na criação.

COMO ZÉ RICARDO COMEÇOU A PARTIDA CONTRA O FLUMINENSE:

COMO ZÉ RICARDO TERMINOU A PARTIDA CONTRA O FLUMINENSE:

OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
- O pouco tempo de treino, como Thiago Galhardo disse, ainda deixa falhas na proposta de jogo. Os laterais, por exemplo, não estão em sintonia. Yago Pikachu subiu demais ao ataque e deixou espaços nas costas, enquanto Henrique limitou-se a fechar os espaços de Gilberto e pouco apoiou. Confira o mapa de calor dos laterais, segundo o Footstats, abaixo:

Footstats

- Riascos ainda erra muitas decisões em campo, mas começa a se soltar no que tem de melhor: a arrancada no mano a mano. Quase fez um golaço em jogada individual, driblando o zagueiro Ibañez. Confira:

- Dos três zagueiros, apenas um canhoto: Erazo. Porém, como não tem boa saída de bola e é bom no jogo aéreo, Zé Ricardo o escalou no meio. O zagueiro Werley não foi mal na partida, mas é destro e atrasa a armação das jogadas pela esquerda. No banco, o garoto Ricardo tem as características necessárias para fazer a bola chegar limpa a Wellington, Desábato e Wagner