O jogo contra o Corinthians era daqueles que o resultado é imaginado bem antes de a bola rolar. Salvo uma enorme surpresa para contrariar essa expectativa, que nem isso o time do Vasco é capaz de fazer. Aliás, a única capacidade do Cruz-Maltino atualmente é de envergonhar cada vez mais a própria torcida com essa campanha ridícula no Campeonato Brasileiro.
Se defesa bate cabeça e apenas observa o adversário fazer gols sem dificuldade – algo que já virou rotina –, o ataque segue completamente inoperante. A bola raramente chega na frente. Quando chega, cai em pés de quem não têm a menor intimidade com a pelota. Não à toa, é o segundo time que menos balançou as redes no torneio, com uma patética média de um gol a cada duas rodadas.
De hoje até o jogo contra o Joinville, o Vasco terá dez dias para trabalhar. Mas, em uma hora dessas, só isso não é necessário. A cúpula que comanda o futebol – Eurico Miranda, José Luis Moreira, Paulo Angioni e Euriquinho – precisa reavaliar todo o trabalho feito até agora. Vale a pena continuar com Celso Roth, contestado pelo elenco e por parte da diretoria? Não é necessário fazer contratações para melhorar o péssimo ataque da equipe? Pois é...
Com todo respeito – palavra que falta ao time no Brasileirão – não dá para aturar mais um rebaixamento. É inadmissível. Mas, hoje, é só isso que passa na cabeça dos vascaínos. Garantir através da imprensa que o Cruz-Maltino não vai cair não adianta nada. É preciso agir mais e falar menos. Antes que seja tarde.