Além da morte de Márcio Barreto de Toledo, membro da torcida organizada Torcida Jovem, outra cena de violência envolveu os integrantes da organizada no domingo, antes do clássico contra o São Paulo. Um ônibus com santistas que atravessava a Rodovia Anchieta foi cercado por carros com são-paulinos, o que terminou em briga e feridos. Não houve mortes.
De acordo com o diretor da Torcida Jovem, Denis Almeida, uma limitação da Polícia em relação a horários impediu que o veículo tivesse a companhia de viaturas para chegar na capital paulista. O LANCE!Net entrou em contato com a imprensa da Polícia Militar por e-mail, mas não obteve respostas.
- Temos de pedir a escolta, no máximo, até sexta-feira. Mas como o jogo não tinha um grande apelo, não podíamos pedir e depois dizer: "Não vamos sair..." Às vezes não sabemos se vamos conseguir fechar o ônibus. Não tinha quantidade suficiente. Aí subiríamos em uma van ou em carrros, mas a escolta não trabalha com vans e carros. No sábado à tarde a procura aumentou, e não tinha mais como fechar a escolta. Subimos um ônibus sem escolta e tomamos um ataque de quase 20 carros. Teve tiro, inclusive - contou o diretor.
No domingo à noite, alguns torcedores foram atacados por são-paulisnos no Carrão, na Zona Leste de São Paulo, próximo à sede da uniformizada, onde Márcio morreu e o menor Lucas ficou ferido. Logo que as primeiras informações começaram a ser divulgadas na internet, vários usuários das redes sociais manifestaram o seu luto e deixaram claro o desejo por vingança. O perfil da torcida no Facebook publicou: “Ódio, revolta nojo e tristeza. Toda ação gera uma reação. Torcida Jovem, torcida unida”.
Denis Almeida, porém, alegou que um sócio que tinha a senha publicou sua opinião isolada, e que ela logo foi apagada. Ele classificou como uma falha e disse que não reflete o pensamento da diretoria.