Com a conquista da medalha de ouro de Rafael Silva, neste domingo, na Copa do Mundo de judô de São Paulo – disputada no Ginásio do Ibirapuera – o Brasil consolidou ainda mais a sua posição de potência na categoria acima de 100kg.
O judoca enfrentou na final o compatriota Daniel Hernandes, que já havia feito outra final brasileira há uma semana, no Grand Slam do Rio de Janeiro. Na ocasião, Hernandes foi derrotado por João Gabriel Schlittler. Em São Paulo, novamente teve de se contentar apenas com a medalha de prata.
Os três, Daniel Hernandes, Rafael Silva e João Gabriel Schlittler, protagonizam o mais acirrado embate por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, ano que vem.
Apenas os 22 judocas mais bem colocados no ranking mundial se classificam para a Olimpíada. No entanto, a regra também diz que só um atleta por país poderá lutar.
Antes da Copa do Mundo de São Paulo, Daniel Hernandes era o 11º colocado com 650 pontos. Já Rafael Silva, era 14º com 568 pontos. Retornando agora à Seleção, Schlittler corre por fora, na 25ª posição (330).
Com os 100 pontos conquistados por Rafael Silva, contra os 60 de Daniel Hernandes, a diferença entre eles cairá para cerca de 40 pontos, na lista que será divulgada pela Federação Internacional de Judô nesta terça-feira.
O coordenador técnico da Seleção, Ney Wilson, vê como positiva a disputa entre os atletas do peso-pesado. Ele ressalta a juventude de Rafael Silva e João Gabriel Schlittler.
– Além da disputa, o pessoal é bastante jovem. O Rafael é novo, o João Gabriel – apesar de já ter ido à Olimpíada – é novo. Isso mostra um crescimento em termos de longevidade. Poucos países podem colocar três atletas dentro do ranqueamento olímpico em uma categoria – disse.
No próximo fim de semana, Rafael Silva disputa a Copa do Mundo de Miami, nos Estados Unidos.
Pessanha também é medalha de prata
Além das medalhas conquistadas pelos pesos-pesados, o Brasil também pode comemorar a medalha de prata de Hugo Pessanha, neste último dia de Copa do Mundo, pela categoria de até 90kg. Hugo parou apenas na final diante do cubano Asley Gonzales Monteiro, que já tinha vencido Tiago Camilo no Grand Slam do Rio de Janeiro.