A principal torcida organizada do Fluminense, Young Flu, assinou na última quarta-feira um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), juntamente com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), onde se comprometem a não procurar jogadores do Fluminense em suas casas ou no ambiente profissional. O estopim foi à perseguição ao atacante Fred, em um restaurante, em agosto do ano passado.
O TAC não impede manisfestações de livre expressão como críticas e vaias durantes os jogos. O termo serve apenas para evitar episódios ocorridos, como o caso que envolveu o atacante e os episódios de agressão ao volante Diguinho, nas Laranjeiras, em 2009. Caso as obrigações não sejam cumpridas, os integrantes da organizada podem ser afastados e suspensos dos estádios até três anos, conforme o artigo 39-A, do Estatuto do Torcedor.
Além do termo assinado, o ex-presidente da torcida, Leandro de Carvalho Moraes, mais conhecido como Campinho, foi destituído do cargo, fica inelegível pelos próximos oito anos e foi afastado dos estádios por seis meses.
O Promotor de Justiça, Pedro Rubim, que cuidou do caso, explicou a importância da assinatura do TAC:
- Este caso criou um precedente importante para transformar o relacionamento das torcidas organizadas com os jogadores, na medida em que se proíbe o assédio moral, ameaças e quaisquer atos de violência contra jogadores por parte da torcida organizada, inclusive invasão de treinos e depredação de veículos - disse.
Rubim ainda fez um alerta para as outras organizadas respeitaram a privacidade e o ambiente de trabalho dos jogadores de seus respectivos clubes.
- Cabe ao clube fiscalizar o comportamento e exigir performance dos atletas, sendo inconcebíveis as ameaças e a violência por parte dos torcedores contra os jogadores - completou.