Após a lambança protagonizada pela equipe brasileira no revezamento 4x100m no último dia de disputas do Mundial de atletismo, em Moscou, o Brasil encerrou a competição sem faturar sequer uma medalha. A prova era a última esperança do país por uma láurea na capital russa.
A falha foi protagonizada pelas atletas Franciela Krasucki e Vanda Gomes, que era a última a receber o bastão, mas se atrapalhou com a companheira e deixou o material cair no chão, comprometendo a prova brasileira. Para o ex-atleta brasileiro Robson Caetano, medalhista de bronze nos 4x100m da Olimpíada de Atlanta, em 1996, a atleta deveria ter tentado outro tipo de passagem.
- A Vanda saiu daqui como uma das melhores do Brasil e foi poupada para correr a final. Faltou paciência a ela para trocar o bastão. Ocorreu uma fatalidade. Foi ansiedade, ela quis pegar o bastão com velocidade e isso requer muito treinamento. Ela deveria fazer uma passagem mais segura naquele momento - avaliou Robson, ao LANCE!Net.
Vanda não tinha integrado o quarteto brasileiro nas semifinais, quando a equipe fez uma prova sensacional, com direito a recorde sul-americano com 42s29. Na eliminatória, correu Rosângela Santos, que na final foi substituída por Vanda por opção da comissão técnica.
Robson, que também já foi comentarista de provas de atletismo, prefere não entrar em especulações, mas acredita que a troca foi inadequada:
- Não adianta falar muito, agora tudo é especulação. Mas, a Vanda entrou em uma fogueira. A Rosangela estava empolgada pelo recorde sul-americano e acho que se tivesse corrido talvez o Brasil teria ficado com medalha. Se a equipe tivesse medalhado, todos diriam que o caminho é esse.