Dia 13/10/2015
15:34
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O Londrina é o 13º clube da carreira do lateral-esquerdo Lino, que completa 38 anos em junho, mas não pensa em aposentadoria. Contratado pelo clube paranaense em janeiro deste ano, o veterano deixou o futebol europeu após nove temporadas, período em que vestiu as camisas do Academica de Coimbra e do Porto, em Portugal, além do tradicional PAOK, da Grêcia. Provável titular nesta terça-feira, quando a equipe recebe o Santos no estádio do Café, pela primeira fase da Copa do Brasil, Lino planeja superar o nível que os companheiros atingiram em 2014.

- Na época (temporada) passada o Londrina chegou perto de eliminar o Santos, mas acabou perdendo o segundo jogo na Vila e a diferença de gols levou à classificação. Agora é o mesmo campeonato, mas é outro ano e temos condição de fazer melhor. Sabemos nosso potencial, nossa qualidade, também a dos jogadores do Santos, mas estamos em casa e temos que dar trabalho. Vamos fazer bonito - disse o lateral-esquerdo, ao LANCE!, ainda usando palavras do vocabulário comum de Portugal, como "época" em vez de "temporada".

Na edição da Copa do Brasil de 2014, o Santos eliminou o Londrina na terceira fase ao fazer 2 a 0 na Vila Belmiro, com gols de Robinho e Rildo. Na ida, a equipe alvinegra havia sido derrotada por 2 a 1.

No Brasil, Lino ficou conhecido pelas passagens por São Paulo, onde disputou 38 partidas e marcou dois gols entre 2001 e 2004, e por Fluminense, que defendeu em 2005. Além disso, vestiu as camisas de Bahia, São Caetano, Mauaense, Figueirense, Juventude e Marília, além do também paranaense Iraty, clube na época presidido por Sérgio Malucelli. Curiosamente, o dirigente é o atual mandatário do Londrina e foi quem recomendou sua contratação.

De volta de Portugal, onde defendeu o Academica na temporada 2014, Lino fixou residência em Curitiba, mas isso foi antes do acerto com o Londrina. Para não desfazer os planos da família e rematricular o filho em outra escola, o jogador viajou sozinho os 400 km e hoje vive alojado no clube, com a família na capital. Satisfeito com a estrutura oferecida pelo LEC e bem adaptado ao clube, ele se satisfaz com a condição atual e diz que ainda não pensa em pendurar as chuteiras.

- A estrutura do Londrina é diferente, tenho o privilégio de estar aqui e comprovar. Muito time de Série A não tem o que o Londrina tem, é um clube para botar inveja em todos os outros. Cheguei, estou tendo tranquilidade para fazer meu trabalho e não posso estacionar. Vamos um dia de cada vez, sem pensamento de parar. Enquanto fizer o que um jogador de 20, 22 anos faz, está bom - diz Lino, inspirado no palmeirense Zé Roberto, três anos mais velho que ele:

- O Zé Roberto é inspiração como era o Alex, como são o Paulo Baier e o Rogério Ceni, também. Tenho só 37. Tenho condições de continuar jogando.

NA GRÉCIA, CRISE ECONÔMICA E MANIFESTAÇÕES VISTAS DE PERTO

Protestos populares como os do último domingo, contra o atual governo brasileiro, foram vistos "de monte" por Lino na Grécia. O lateral-esquerdo defendeu o PAOK por seis temporadas e vivenciou por lá o auge da crise econômica do país, que ainda tenta sair do olho do furacão com apoio da União Européia. Agora no Brasil, que também vive ebulição política, o experiente jogador prefere relembrar os bons momentos na Grécia.

- Na Grécia foi onde eu tive o meu maior reconhecimento em seis anos de trabalho, entrega e dedicação ao PAOK. Foi lá que me tornei um jogador completo, mas também onde vivi esses problemas. Foi um dos países mais afetados pela crise econômica, o pessoal perdia o emprego com muita facilidade, o futebol também passou por complicações. Sempre tivemos esperanças de que as coisas iam mudar, porque é um clube histórico, e saí pela porta da frente - relembra o lateral-esquerdo do Londrina, que será titular no compromisso diante do Santos, nesta terça, às 19h30, no estádio do Café.

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