Com apenas três dias de trabalho, Julinho Camargo não tem a pretensão de nesta quarta-feira, diante do Cruzeiro, apresentar um Grêmio totalmente diferente. Algumas mudanças táticas puderam ser percebidas no trabalho dos treinamentos, mas o treinador tricolor crê ser cedo demais para esperar qualquer mudança.
O Grêmio tinha um modo específico de atuar. Com Renato Gaúcho, o esquema preferido era o de losango no meio-campo. Julinho já nos primeiros trabalhos desfez essa ideia e quer implementar o 4-4-2 em duas linhas de quatro. Julinho prevê dificuldades contra a Raposa.
- Qualquer ideia minha ou de qualquer treinador demora um tempo, nunca sabemos dizer se são duas semanas, três, quatro jogos, mas demora um tempo para fixar. Esperamos que aconteça o mais rápido possível. Meu intuito na minha semana de treino é discutir com eles qual é a melhor ideia e fazer esse processo acontecer no jogo. Mas sei que a ideia não vai fixar rapidamente, vamos ter dificuldades nesses jogos – destacou.
A pressão no Grêmio ultimamente tem sido grande. Renato deixou o comando técnico da equipe porque não obteve resultados nas últimas partidas – por exemplo, empatou em casa com o Avaí. Julinho crê que é cedo para cobrar mudanças significativas no time.
- É cedo para cobrar isso, um time com a minha cara. Queria contar com o Willian Magrão, Adilson, Fernando, naquela faixa de meio-campo. Todos já trabalharam comigo, e na largada sempre é bom ter o máximo de jogadores a disposição. É cedo, mas não tenho medo do problema – afirmou Julinho.
O Grêmio terá a estreia de Gilberto Silva nesta quarta, se o nome do volante for publicado no Boletim Informativo Diário ainda hoje. A tendência é que Julinho escale Marcelo Grohe, Gabriel, Mário Fernandes, Rafael Marques e Neuton; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Escudero e Marquinhos; Leandro e André Lima.