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João Derly: ‘Por enquanto parece que estou de férias’

João Derly (Foto: Divulgação)
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Nesta quinta-feira faz exatamente uma semana que um dos maiores nomes do judô brasileiro João Derly, bicampeão Mundial, ouro no Pan-Americano de 2007, decacampeão estadual, eleito o melhor do mundo em 2006 entre outras conquistas, decidiu encerrar sua carreira.

- Maior no tamanho - brincou, o agora ex-atleta que tem 1,63m de altura.

Com uma voz relaxada e um discurso articulado, Derly respondeu as perguntas do LANCENET.

Todo atleta fala que é muito difícil parar, como está sendo isso para você?

A principio não tenho a dimensão total da coisa. Lógico que quando sai do tatame, me emocionei . Sei que vou sentir falta. Mas por enquanto parece que eu estou de férias.

O que te fez decidir parar?

Fiz três cirurgias, fiquei fora das Olimpíadas. Estava difícil de treinar. O corpo estava falando que estava na hora.

Depois de encerrar a carreira, você já sabe o que vai fazer da vida?

Tenho bastante coisa para fazer. Qualquer função que eu exercer terá vinculo esportivo. Quero retribuir ao esporte tudo o que ele me deu.

O que te motivou a entrar no judô?

Entrei no judô por que eu tinha asma. O médico recomendou um esporte, eu gostava do judô – era fã do Jaspion -. Aí, na escola comecei a treinar com o Kiko, que é meu técnico até hoje.

Quem foi seu maior adversário?

Tive adversários dentro e fora do tatame. Dentro do tatame foi o cubano Yordanis Arencibia com quem decidi muitos títulos, inclusive o Mundial de 2007. Fora do tatame foi a luta por patrocínio.


Sua carreira teve um ponto baixo que foi a acusação de doping. Como é essa história para você?

Lido bem com isso. Acredito que na vida as coisas não são por acaso. Tive esse problema e superei. Não que tenha sido fácil na época, mas já foi superado.

O judô é um dos esportes que mais trouxe resultados expressivos para o Brasil no cenário internacional. O que você acha que falta para esse esporte emplacar e virar uma atividade mais popular?

O judô ainda está amadurecendo, crescendo. As lutas estão em alta e isso ajuda. O governo e as empresas têm que entender a importância do esporte. Principalmente do judô, que é um esporte que lida com disciplina.

Como lutador, o que você acha do MMA?

Gosto de assistir. Acompanho os brasileiros. É sempre bom lembrar que temos que passar a mensagem que aquilo é um esporte, não uma briga.

Qual sua opinião sobre a Seleção Brasileira de judô, que vai à Londres-2012?

Estou com boas expectativas. O judô feminino vem crescendo e está muito forte, junto com o masculino. Dá para acreditar em uma medalha de ouro, que não vem desde de 1992.