Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo - (Foto: Alexandre Loureiro)
Luiz Felipe Scolari costuma dar suas características "bufadas", até caricatas, nas entrevistas coletivas. Muitas são em tom de brincadeira. Mas internamente elas tem sido motivadas pela irritação. O técnico ficou nervoso durante a semana por ler e ouvir críticas de alguns conselheiros ligados a Mustafá Contursi.
O grupo, também aliado do presidente Arnaldo Tirone, demonstra insatisfação com as constantes cobranças públicas do treinador, que pede a contratação de um camisa 9.
O vice de futebol, Roberto Frizzo, tem procurado não polemizar, mantém boa relação com Felipão e tenta apaziguar os conselheiros, os mesmos que tem pressionado Tirone por mudanças em outras áreas do clube. Desde a eleição, Felipão clama pela paz política. Ele já reclamou que o atual presidente não tem tido paz.
Houve até conselheiro que ironizou, sugerindo que o técnico reduzisse o salário em troca de um atacante. Felipão "bufa" com a politicagem, mas não se intimida em coletivas.
Na última sexta-feira, ele voltou a destacar a necessidade do elenco.
– Se nós tivéssemos um jogador de área rompedor, ajudaria. Mas temos de armar com o que temos.