A boa fase do Cruzeiro, em especial a defesa que não leva gols há cinco jogos, vem dispensando comentários. O setor que antes era criticado, hoje bate seus próprios recordes. Por exemplo: o goleiro Fábio, desde quando assumiu a titularidade, em 2005, nunca ficou tanto tempo sem levar um tento. Além disso, a última vez que o clube ficou cinco partidas sem buscar a bola nos barbantes foi em 1997, quando o goleiro ainda era Dida, e o técnico Nelsinho Batista.
O líder da defesa menos vazada do Campeonato Mineiro, com apenas três gols sofridos, Fábio, está ciente da responsabilidade que tem pela frente, porém, sabe que o mais importante é vencer.
- A cobrança vai ser mais a cada jogo e acho que tem que ser mesmo dessa forma. Mas sem perder o que é primordial para nós que é vencer, e dar a parcela de contribuição de todos os jogadores para que as vitórias aconteçam. Isso que é importante, a equipe entrar em campo bem, consiga fazer o melhor e vencer, se não sofrer gols com certeza vai ser favorável, porque vai ficando cada vez mais equilibrado tanto lá na frente quanto na parte defensiva – avisou.
Desde que Dida deixou o gol do Cruzeiro, até Fábio assumir a camisa 1 celeste, passaram pelas traves azuis 20 goleiros. Nenhum deles conseguiu, em 14 anos, o que ambos conseguiram - passar cinco partidas sem levar gols. Fábio diz o que mudou na carreira dele a partir do momento que iniciou sua caminhada na Raposa.
- Acho que a experiência. Para mim foi muito importante viver coisas que nunca tinha vivido, tanto pessoal como profissionalmente. No Vasco eu não enfrentei situações que aqui no Cruzeiro eu tive que encarar e sobressair. Sou um cara mais centrado e convicto do que tem que ser feito para que as coisas fluam da melhor forma possível – contou.
Já o técnico Vágner Mancini acredita que a dedicação de todos os jogadores do time faz com que a defesa e o ataque estejam bem.
- A fórmula é o equilíbrio da equipe, muitas vezes a gente está aqui, pedindo. É uma equipe que chega bem à frente, que faz muitos gols, não leva, uma forma compacta de se jogar, são os 11 defendendo e atacando. A partir do momento que temos esses fatores em campo, a equipe está próxima de se tornar equilibrada – concluiu.